22/08/2023
Segurança

Violência sexual atinge mulheres entre 1 e mais de 60 anos em Guarapuava

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Cristina Esteche

A violência contra a mulher continua alarmante em Guarapuava. São 79 casos registrados entre 1º de janeiro a 10 de novembro deste ano, segundo dados da Vigilância Epidemiológica, entre ameaças, óbitos, espancamentos, agressões verbais. Mas dessa totalidade, um “recorte” chama a atenção. Nesse período foram registrados 13 casos de violência sexual pela Epidemiologia, envolvendo desde crianças entre um e quatro anos de idade (01), cinco a nove (01), 10 a 13 (03), 15 a 19 (01), 20 a 29 (02), 30 a 31 (01), 40 a 49 (0), 50 a 59 (03) e mais de 60 anos (01).

Porém, de acordo com o delegado titular da Delegacia da Mulher, Wellington Daikubara, esse dados não condiz com a realidade, já que na Delegacia de Polícia 43 inquéritos foram instaurados no período, por estupro. “Há mais denúncias e investigações em andamento”.

Procedimentos

Quando uma mulher, independente da idade, é violentada sexualmente, a primeira providência a ser tomada é ir até a Delegacia de Polícia e registrar uma queixa. Um alerta importante é feito pelo delegado Wellington Daikubara e ratificado pela diretora do Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava, Vera Lucia do Pilar, órgão responsável pelo exame. “A vítima não deve tomar banho antes de fazer o exame de corpo delito para que seja coletado o material que pode levar a autoria do crime”. Se houver esperma ou se a vítima arranhou o agressor é feito a coleta para exame de DNA. A preservação de peças íntimas usadas durante o ato também é importante. “Pode haver provas do crime nessas peças. Nós recebemos encaminhamos ao Instituto de Criminalística para os exames devidos”, diz o delegado.

Durante o registro da ocorrência, se a vítima for maior de 18 anos de idade é preciso que haja representação para dar continuidade ao inquérito policial, caso contrário, a denúncia não vai passar de um registro no Boletim de Ocorrências (BO). Já se a vítima for menor, independente da vontade dos pais ou responsável, o inquérito é instaurado.  

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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