Cristina Esteche
Maria (nome fictício) sofre violência psicológica, física, patrimonial e sexual há mais de 10 anos, desde o primeiro ano de relacionamento com o esposo, com quem teve três filhos.
As agressões começaram desde quando namorava o agressor tendo, inclusive, de ser hospitalizada após uma das agressões. Quando saiu do hospital foi morar com sua irmã, porém, o esposo a procurou e na promessa de mudanças acreditou e voltou a morar com ele.
De acordo com o relatório psicológico encaminhada à Rede Sul de Notícias pela Secretaria da Mulher, as agressões continuaram e cada vez mais exageradas. Veio a primeira gravidez dificultando a separação do casal. De acordo com Maria, além das agressões físicas e das ameaças, o esposo a colocava em situações constrangedoras, pois não possui bom caráter e é dado a fazer negócios escusos.
A situação fez com que o filho, que sempre presenciou as agressões do pai, seja uma criança frágil, com intolerância às frustrações. A filha foi agredida pelo pai, fato que gerou Boletim de Ocorrência policial e a reação de romper com a relação, provocando a prisão do agressor.
Depressiva, Maria buscou o auxílio da Secretaria da Mulher. Foi abrigada em outro município, fez tratamento psiquiátrico e hoje mora em outro município com os filhos, que retornaram à escola.
O caso de Maria revela uma realidade que poucas pessoas conhecem e demonstra a importância da Casa Abrigo que começa a funcionar em Guarapuava, a partir desta terça feira (31).