Confesso que ainda não tinha ido a algum jogo do CAD (Clube Atlético Deportivo) e a convite de pessoas amigas acabei decidindo assistir a partida contra o Orlândia na noite dessa segunda (03). O que vi quando cheguei foi o Joaquinzão completamente lotado, sem lugar para estacionar e um público que foi à loucura durante o festival de gols patrocinado pelas duas equipes em quadra.
Se os jogadores do CAD demonstraram uma garra como poucos ao enfrentarem o forte adversário, nas arquibancadas a torcida, mais uma vez, fez a sua parte, empurrando o time com palavras de incentivo que empolgavam qualquer pessoa que, assim como eu, estava lá pela primeira vez. Cheguei ao ponto de esquecer de fotografar para me juntar à torcida rubro negra e vibrar com cada lance, com cada gol. O jogo foi emocionante como há muito não assistia e a equipe de Guarapuava conseguiu que o placar final chegasse a 06 contra 06.
Mas o que consegui ver foi além de uma partida de futebol. Ficou evidente o amor que o guarapuavano tem pela sua terra ao “encher a boca” para bradar o nome da sua cidade, bater no peito e dizer que tem orgulho do seu chão. Que as pessoas que aqui vivem estão com um grito entalado, com uma ânsia enorme de que coisas boas aconteçam para que possam extravasar, como fazem quando o seu time entra em quadra. Ficou muito claro que o guarapuavano torce pela sua cidade, “veste a camisa” e vai à luta. Assim como o CAD, as pessoas seguem em frente com o sentimento de que desejam e podem vencer.
Mas para que isso aconteça, assim como em qualquer jogo é preciso que o técnico tenha o discernimento, a humildade, a ousadia de mexer no time, de mudar a estratégia, para que a equipe acerte, chegue à finalização e marque gols. Porque a torcida, tanto em um caso como no outro, está fazendo a sua parte e muito bem.