22/08/2023
Cotidiano

Voluntários falam de histórias marcantes

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Lizi Dalenogari, da Redação

A equipe da Rede Sul de Notícias acompanhou neste sábado (25), um dos caminhões que passaram pelos bairros de Guarapuava durante a Campanha de Arrecadação Solidária. Relatos emocionantes comprovam o perfil solidário do povo guarapuavano.

O futuro sargento do 26º GAC Sirtoli (aluno do curso de sargento), participou da Campanha pelo terceiro ano consecutivo e destaca algumas histórias que o emocionaram. “Durante a enchente do ano passado, a maior da nossa história, presenciei, na Vila Carli, o desespero de uma moradora que perdeu tudo. O marido estava preso e ela tinha como única companhia um cachorrinho. Foi com ele, e só com ele, que ela foi resgatada por um barquinho e disse chorando: foi só o que me restou”, lembrou.

Durante a arrecadação deste sábado (25), Sirtoli voltou a se emocionar. “Chegamos em uma casa e um senhor muito humilde e simpático mais que prontamente separou seus donativos. Entre eles um chapéu. “Tenho outros e este pode ser útil para alguém”, disse José Neuri Matoso, de 60 anos, que sempre colabora com a campanha, dando um lindo exemplo de desprendimento para seus filhos e netos.

O soldado Geraldo também participa da Campanha pelo terceiro ano consecutivo e diz que presenciou situações fora de Guarapuava que o fizeram refletir sobre a grandeza de sua gente. Geraldo conta como foi sua experiência no Rio de Janeiro, onde esteve de dezembro a fevereiro como voluntário na Força de Pacificação no Complexo da Maré. “Lá aprendi a dar ainda mais valor a minha gente, a nosso povo. No Rio é cada um por si e não vemos esta manifestação de solidariedade que é tão comum no nosso dia a dia”.

Rodrigo Martins é um dos 30 voluntários que representam a Prefeitura de Guarapuava, e também relata fatos que marcaram o trabalho de triagem, nestes dois anos em que participa. “Os donativos vão chegando e se acumulando no ginásio aqui do 26º GAC e não temos a dimensão do montante até o último momento. O que mais me surpreende é a alegria e boa vontade dos cerca de 150 soldados e oficiais do exército, que juntamente com os voluntários das outras entidades, levam o dia com um sorriso no rosto. A corrente do bem faz isso com as pessoas”, enfatiza.

Vale ressaltar que estes 180 voluntários foram essenciais para que os guarapuavanos pudessem doar 8 toneladas de alimentos não perecíveis e cerca de 250 mil peças de roupas, superando os números do ano passado que foram 5 toneladas de alimentos e 100 mil peças de roupas.

Cristina Esteche

Jornalista

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