22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Voos comerciais em Guarapuava serão retomados, assegura a Azul

Em entrevista ao Portal RSN, diretor da empresa disse que dentro de 10 dias já terá uma previsão da retomada dos voos

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Voos comerciais estão paralisados por causa da pandemia (Foto: Arquivo/RSN)

Está muito perto do Aeroporto Tancredo Tomas de Faria, em Guarapuava, retomar os voos comerciais da Azul Linhas Aéreas. A expectativa está sendo criada pelo assessor da presidência da empresa, Ronaldo Veras. Em contato com o Portal RSN nesta sexta (28), ele disse que uma reunião entre a empresa e o Governo do Estado ocorreu na manhã de hoje.  “A nossa negociação com o governo está bem avançada. Estamos renovando o acordo e aumentando a nossa representatividade no Estado”.

De acordo com José Eduardo Bekin, diretor-presidente da Invest Paraná, as negociações ocorrem há cerca de 90 dias. A Investe Paraná, trata-se de uma organização que funciona como uma ponte entre o governo e a iniciativa privada. Destina-se a prestar apoio a empresas locais e novos investimentos.

O acordo que vem sendo tratado entre a Azul e o Estado refere-se à isenção do ICMS sobre o combustível de avião. A renúncia fiscal, concedida em julho de 2019 pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior será mantida. “No momento em que o Estado dá os incentivos ele os mantém. No ano passado com a pandemia prejudicou as operações comerciais das empresas. Portanto, é ela quem deve fazer a retomada”.

A paralisação dos voos ocorreu por causa da pandemia. E não afetou apenas a rota de Guarapuava, mas inclusive voos internacionais. Contudo, Veras assegura que dentro de 10 dias, já teremos uma perspectiva da data da retomada dos voos. O primeiro voo da Azul aterrissou em Guarapuava em 7 de dezembro de 2019, vindo de Campinas (SP).

Guarapuava voltará a voar com certeza, pois trata-se de um mercado muito promissor.

Segundo ele, Bekin é um grande parceiro assim com o o Estado. “O governo do Paraná  está muito acessível às nossas necessidades”. Conforme Veras, a empresa trabalha com dois cenários. O primeiro será voltar com com as rotas que tinha antes, além das outras que eram operadas pela empresa.

RENÚNCIA FISCAL

Essa isenção concedida também nos outros estados brasileiros, teve um peso significativo sobre os custos de operação das companhias aéreas. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o querosene de aviação chega a representar 32% do preço final do bilhete aéreo, enquanto a média mundial fica na faixa dos 20%.

Assim sendo, no Paraná, a alíquota de 18% que vigorava desde 2015, caiu cerca de 60%. Um decreto do governador reduziu o imposto para 7%, sob a condição de que as companhias aéreas aumentassem frequências e criassem novos voos no Paraná. Foi nessa onda que Guarapuava entrou na rota, além de Pato Branco, Toledo e Cascavel. Porém, com a pandemia, os voos foram suspensos a partir de 23 de março e não mais retornaram.

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Cristina Esteche

Jornalista

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