22/08/2023


Guarapuava Segurança

Weliton deve ir à júri popular pela morte de Wycaro em Guarapuava

A juíza Paôla Gonçalves Macinini proferiu a decisão de pronúncia nessa quinta (21). Pesa sobre Welinton a morte por traição

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Weliton deve ir à júri popular pela morte de Wycaro em Guarapuava (foto: arquivo/RSN)

*Matéria atualizada às 18h5 de sábado 923) para inclusão de dados

Weliton Marcos Chimiloski, que está sendo processado pela morte do jovem Wycaro Elias Domingues de Deus, deve ir à júri popular.

De acordo com os assistentes da acusação, Thales Luan Domingues e Násser Zanovelli, a juíza Paôla Gonçalves Macinini proferiu a decisão de pronúncia nessa quinta (21). Ainda cabe recurso, por isso não há definição da data.

Conforme Thales, apenas uma qualificadora pesa contra o suspeito. Trata-se de traição pelo fato de Wycaro tem sido golpeado pelas costas. “Traição é modo como ocorreu o crime, de surpresa. O Wycaro não esperava ser atacado pelo acusado”.

A DEFESA

A defesa de  Weliton, a advogada Lydia Ryzy, informa que o processo criminal em questão tramita em segredo de justiça. De acordo com a advogada, por requerimento do Ministério Público e determinação da Juíza Paola Gonçalves Mancini de Lima, e que “quaisquer informações processuais não podem, sob nenhum pretexto, serem divulgadas, sob pena de responsabilização pessoal”.

A defesa informa que não foi intimada de qualquer decisão judicial, e que tão logo tenha acesso a decisão, irá se manifestar”.

De acordo com o processo, Weliton Marcos Chimilosk, de 20 anos, se apresentou à polícia acompanhado por advogado, horas depois do crime. A morte de Wycaro ocorreu na madrugada de 29 de março de 2019, numa casa no Residencial 2000, em Guarapuava.

Após pouco mais de um ano da morte, após várias diligências marcaram durante a investigação. Entretanto, o desbloqueio do celular da vítima desmente versões de Weliton e comprova uma relação íntima entre os dois.

UMA TRAJETÓRIA RELIGIOSA

O homicídio chocou a cidade, principalmente, pelo ativismo de Wycaro. É que durante a maior parte da caminhada solidária e religiosa o ‘Peregrino do Amor’, como era chamado Wycaro, desenvolvia projetos socais, em especial com usuários de drogas.

Entretanto, o trabalho social que já durava 10 anos, estendia-se a alcoólatras, depressivos e pessoas em qualquer situação de risco.

Assim sendo, pela sua dedicação a esse público, o padre Jean Patrick disse que o jovem possuía um “ar de santidade” e que tinha o orgulho de ter conhecido um santo em vida.

Pela sua trajetória, o jovem continua recebendo homenagens póstumas. Ele já denomina uma das ruas do bairro Industrial Xarquinho, onde morava. Muitas homenagens relembraram a trajetória do jovem missionário.

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Cristina Esteche

Jornalista

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