Workshop trouxe a “Poesia da Cor” para Guarapuava

Guarapuava ficou mais colorida e poética para 18 pessoas que participaram do Workshop “Poesia da Cor”, ministrado pelos fotógrafos Walter Firmo e Nilo Biazzetto Neto. Juntos os dois profissionais têm 73 anos de experiência fotográfica, sendo a primeira vez que ministram um curso dividindo o mesmo público. “Fantástico trabalhar com o mestre e grande amigo Walter Firmo. Já fazemos trabalhos em parceria há 4 anos, mas nunca havíamos dividido o mesmo público num workshop. Foi sensacional. Entendo que tratam-se de duas linguagens diferentes mas com grande influências, principalmente do trabalho dele no meu. Mas com certeza também ele tem sido influenciado por algumas coisas que tenho produzido”.comentou Biazzetto.

Uma conversa bem descontraída, ilustrada por muitas fotografias feitas por Firmo e Biazzetto, marcou o primeiro dia do encontro. No segundo dia todos os participantes, juntamente com os ministrantes, visitaram o distrito de Entre Rios onde puderem entender na prática o que é “enxergar o mundo com outros olhos” e entender a “poesia da cor”. “O Workshop abriu um novo horizonte para as pessoas, trazendo mudanças internas e um novo jeito de fotografar”, falou Sandra Hyczy, participante e organizadora do evento. No último dia do evento as fotos foram avaliadas por Firmo e Biazzetto.

Firmo, que pela primeira vez esteve em Guarapuava, é um dos maiores nomes da fotografia brasileira, fazendo exposições no mundo inteiro, tendo publicado vários livros e recebido inúmeros prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Prêmio Esso de Reportagem de 1963. “Conhecia Guarapuava apenas no mapa e como sendo a “terra da maçã”. Pretendo voltar mais vezes para esta cidade que me encantou”, disse o fotógrafo.

Para o próximo ano Biazzetto deve voltar para Guarapuava com um novo curso que traz o conceito de “Liberdade Fotográfica”. “Minha ideia é a partir de 2012, levar o conceito da Liberdade Fotográfica para algumas cidades do interior. Mas não quero levar a fotografia em um patamar de discussão comercial, mas sim conceitual”, finaliza o fotógrafo.

Foto: Sandra Hyczy