Grande parte das séries e filmes que se passam na vida de adolescentes contam histórias com humor, romance e rivalidade, que sempre acabam tudo bem. No entanto, algumas exceções, optam por trazer temáticas mais pesadas, como se entrassem na cabeça de cada jovem que, no ápice de sua imaturidade, acredita que a vida nunca vai mudar.
Euphoria, série original da HBO, é uma prova disso. A trama, que estreou ainda em 2019, se passa na vida de Rue (Zendaya), uma adolescente que se perde no vício das drogas após a morte do pai. Assim, a produção escolhe falar sobre o universo da protagonista, entre vários outros. Entretanto, de uma forma que chega até a ser poética, mas bastante sombria, do jeito que a HBO gosta de fazer.
Portanto, os novos episódios da série se aprofundam no “fundo do poço” de Rue, deixando o relacionamento que todos queríamos que fosse leve e tranquilo em segundo plano. A nova temporada, mais uma vez, mira em explorar o talento de Zendaya e não economiza em diálogos e monólogos intensos. Em meio a gritos, discussões e desespero, a agonia de estar presa em algo incontrolável “contamina” o espectador e provoca desconforto.
NOVA TEMPORADA
Somente primeiros 11 minutos de Euphoria já mostra que o criador da série, Sam Levinson, sabe muito bem qual é a proposta. As cenas iniciais são facilmente identificáveis como uma produção da HBO, trazendo uma história do passado de Fezco (Angus Cloud), que tem um papel importante no que Rue é hoje.
Desse modo, a segunda temporada de Euphoria aposta no que já deu certo e pouco se aventura no novo, o que não é um defeito por ser uma primeira sequência. Os poucos episódios em cada temporada, mostram que ainda não é hora de se reinventar para não se tornar algo cansativo. Como diz o ditado, “em time que está ganhando não se mexe”. As diferenças entre a primeira e a segunda temporada estão, no entanto, na intensidade das questões. Agora que já conhecemos os personagens, eles podem se aprofundar sem medo.
Os novos episódios também prepararam um bom espaço para os atores coadjuvantes se destacarem tanto quanto Zendaya se destacou na primeira temporada. Por fim, a sequência não hesita, inclusive, de trazer a mesma intensidade dos temas sérios aos que, em comparação, poderiam parecer mais fúteis, mantendo assim o ritmo de euforia, palavra que dá nome à trama, que transparece do começo ao fim.
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