Bodes do Asfalto invadem Guarapuava para celebrar a fraternidade

Em um ronco de motor que ecoa liberdade, 75 motociclistas da lendária irmandade Bodes do Asfalto fazem de Guarapuava o ponto de parada. Neste fim de semana, eles trocam a rotina pela estrada, unindo a rebeldia das duas rodas à tradição da Festa do Soquete. A cidade, berço do capítulo local, é o cenário perfeito para um encontro que celebra mais de duas décadas de fraternidade e aventura.

A presença imponente dos “bodes” é liderada na cidade pelo médico e motociclista Waldemar Geteski, atual coordenador da facção Guarapuava. O grupo carrega o legado do pioneiro local Gabriel Zandonai, que fincou a bandeira do Moto Clube no município em 2007.

“Hoje é o décimo quarto encontro dos Bodes do Asfalto aqui de Guarapuava. Estamos recebendo bastante irmãos de fora, está sendo fantástico. Sexta tem a festa, no sábado o almoço e a finalização do encontro será na Festa do Soquete”, contou Geteski. Ele lembra que o clube nacional completou 22 anos e que, em Guarapuava, o grupo soma 18 anos de história. “Foi fundado pelo irmão Gabriel Zandonai, em 2007. Eu estou como coordenador há três anos e a experiência é fantástica. Fizemos uma parceria muito forte com a Cidade dos Lagos, que virou nossa casa.”

FRATERNIDADE

Mais que um hobby, a vida na estrada é um código. Nascido em Feira de Santana, Bahia, em 2003, o Moto Clube surgiu como uma rede de apoio para maçons motociclistas. E essa fraternidade é sentida de perto por quem cruza quilômetros de estrada para rever os irmãos. Orlando Icco Hino, aposentado de Terra Boa, no norte do Paraná, é bode do asfalto há 33 anos. Para ele, a irmandade é única. “Já é a segunda vez que venho. Ano passado participei e gostei muito. O Soquete é excelente e vale a pena. Não existe coisa melhor que a nossa irmandade. Todo lugar que você vai, conversa, confraterniza, é como se fosse um amigo de longa data. Não tem distinção, somos irmãos”

Se por fora o emblema do Bode evoca liberdade sem freios, por dentro a irmandade se sustenta em um código de solidariedade. De acordo com Geteski, além das viagens épicas, o grupo se notabiliza por ações beneficentes, mostrando que a paixão pelas motocicletas também pode ser uma força para o bem.

Confraternização dos Bodes do Asfalto na sexta (15) (Foto: Thiago de Oliveira/RSN)

Ao completar 22 anos, os Bodes do Asfalto celebram a existência de uma irmandade que não conhece fronteiras. Eles não são apenas viajantes: são sentinelas do asfalto, unindo o Brasil e o mundo sob a promessa de que, na estrada da vida, ninguém precisa seguir sozinho.

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