22/08/2023

Cães com epilepsia: saiba como identificar e tratar

Há menos de um ano Theodoro foi diagnosticado com epilepsia. Desde então ele faz tratamento e segue feliz tendo uma vida saudável

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Theodoro trata a epilepsia a base de remédios (Foto: Bruna Medeiros)

Há menos de um ano Theodoro foi diagnosticado com epilepsia. Desde então o cão da raça Lhasa Apso de três anos faz tratamento e segue feliz tendo uma vida saudável. De acordo com o médico veterinário Marcio M. Lustoza que faz o acompanhamento clínico do pet, a epilepsia compreende, aproximadamente, 1% dos casos clínicos de pequenos animais.

A epilepsia em cães é uma doença relacionada ao sistema nervoso central, que provoca crises convulsivas no animal. É uma doença crônica, resultado de atividades anormais dos impulsos elétricos do cérebro. Além disso, conforme Marcio, “também pode ocorrer devido a estímulos intensos do sistema neurológico, tais como sonoros, visuais e afins”.

Não há uma predisposição tanto racial, idade ou sexo, mas alguns estudos mostram raças mais puras tendo um percentual mais elevado de casos.

Bruna Medeiros, que é uma das tutoras de Theodoro conta que a família percebeu que ele poderia ter a doença quando ele começou a ter “ataques”. No início as crises eram esporádicas, mas após um tempo o cão começou a ter os ataques com frequência. “Um dia ele teve muitos ataques seguidos, mais de 10. Foi aí que levamos ele para o veterinário. Não levamos antes porque tinha acontecido poucas vezes e rápido, achamos que iria parar”.

Uma crise, em geral, pode ser composta por movimentos involuntários, salivação intensa, hiperatividade, ausência ou não de consciência e rigidez muscular, explica o médico veterinário. Além disso os tutores também podem ficar atentos a outros sintomas, como nervosismo, micção e defecação espontânea.

Para o tutor sempre é importante lembrar que durante a crise evitar deixar o paciente em planos elevados, evitar administração de líquidos pela via oral e colocar as mãos na boca deles. Deve proteger a cabeça do animal de impactos no solo ou outros objetos e procurar auxílio veterinário o mais rápido possível.

TRATAMENTO

(Foto: Bruna Medeiros)

Contudo, após o diagnóstico da doença por um profissional veterinário, o animal de estimação pode continuar tendo uma vida normal, desde que faça o tratamento apropriado e indicado pelo médico, seja medicamentosa, com terapia alternativa, ou ambiental.

A partir do tratamento prescrito por Marcio, o cãozinho da família Medeiros atualmente toma remédio diariamente.

Por tomar remédio ele não tem mais ataques como antes. Às vezes ainda acontece, a gente acaba dando mais um comprimido e ele fica bem tranquilo.

Além disso, Bruna conta que quando ele está na chácara dos pais as crises epilépticas de Theodoro são praticamente inexistentes. Ela acredita que por estar em um ambiente onde tem mais espaço e se sente mais livre, ele fica mais animado e empolgado. Isso ajuda que ele se sinta melhor.

Por fim, é importante ressaltar que a epilesia pode acometer outras espécies animais. Mas Marcio reforça que mesmo em meio ao desespero que uma crise pode causar nos tutores ao ver o animal sofrendo, é importante manter a calma. “Coloque um travesseiro embaixo da cabeça do cão pra que ele não fique batendo no chão e procure pelo atendimento veterinário mais próximo da residência”.

Conforme o profissional, geralmente quando os tutores chegam na clínica com os pets a crise já cessou, isso porque os ataques têm curta duração. Porém mesmo que o animal já tenha recuperado o controle de si, é fundamental que ele seja levado ao médico para que seja averiguado os motivos da crise.

A indicação em geral é essa: fechar o diagnóstico da origem e entrar para a terapêutica adequada, para que o paciente tenha uma qualidade de vida normal. Cerca de 99% dos animais que são epilépticos têm uma vida normal. Alguns com medicamentos, outros com medicamentos e conduta de terapêutica auxiliar e assim por diante.

SERVIÇO

O médico veterinário Marcio M. Lustoza atende clínica dele que fica na avenida Sebastião de Camargo Ribas, 460, Bonsucesso em Guarapuava. O telefone para contato é o (42) 9 9124-5576.

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Antunes

Jornalista

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