Clã das Cicatrizes: que tal chamar os amigos para curtir a exposição?

Quando se trata de responder a perguntas sobre nacionalidade, origem étnica ou linhagem, muitos de nós optamos por respostas simples e diretas. No entanto, Clarissa Pinkola Estés nos ensina a adotar uma abordagem diferente, uma que cultiva um enigma, uma aura de mistério. “Clã das Cicatrizes”, é a resposta que ela propõe para quem busca categorizar ou definir a essência de uma pessoa. A intrigante ideia se tornou o ponto de partida para uma exposição única que celebra a resiliência das mulheres diante do câncer de mama. A fotógrafa Dani Leela e as modelos, todas pertencentes ao “Clã das Cicatrizes”, compartilham uma conexão profunda e singular – cicatrizes de batalhas travadas contra o câncer de mama. Cada uma dessas, embora única na própria natureza, carrega um enigma semelhante – a luta contra a doença, o enfrentamento do medo e a busca da cura, como explica Dani. “Para algumas das mulheres envolvidas, o câncer foi algo pequeno em relação com outras cicatrizes da vida, enquanto para outras, foi um desafio grandioso”. Nesta exposição, ela escolheu a fotografia como uma ferramenta para costurar as próprias dores e as das modelos. Cada mulher apresentou o corpo e a história, em uma intervenção artística que revela a vulnerabilidade e a força por trás das experiências. A mostra ocorre até a quarta (25), no Centro de Artes Iracema Trinco Ribeiro. Joice Tesseroli, uma artista da costura, contribuiu para a exposição bordando cada fotografia com pontos de acolhida e amor. As linhas e cores demonstram como o corpo tem o próprio caminho de recuperação, assim como as mulheres que os habitam.

FOTOS

Cada fotografia na exposição reflete a profunda vontade de viver e de manter vivo, mesmo após biópsias, diagnósticos, sessões de quimioterapia, radioterapia, cirurgias, drenos, fisioterapias e medicação. É uma jornada desafiadora, “mas quando se faz parte de um clã unido, esse fardo se torna mais leve e mais poderoso”. Leia outras notícias no Portal REDE+.