Consciência negra é uma data estabelecida para preservar a memória de luta por ideais, ainda que banhadas por sangue e sedimentada por mortes. Após comandar por 15 anos o Quilombo dos Palmares, Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, num território que hoje pertence a Alagoas.
Ele liderava o maior reduto de resistência à escravidão do período colonial, que chegou a ter o tamanho de Portugal e contar com 30 mil escravizados fugitivos de fazendas, senzalas e prisões.
Ao ser morto, Zumbi dos Palmares teve a cabeça cortada, salgada e exposta em praça pública. As autoridades portuguesas queriam desmentir a lenda de que ele era imortal. Naquele ano, Pedro II de Portugal premiou com 50 mil réis o capitão responsável pelo assassinato.
Desde 2011, a data da morte do líder quilombola passou a ser celebrada como o Dia da Consciência Negra. Por fim, a data cravada no calendário nacional neste dia específico após a luta de muita gente, de ativistas a intelectuais, que queriam fazer o Brasil refletir sobre como trata a população negra e buscavam estabelecer os próprios marcos temporais e referências.
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