22/08/2023

Dia do Jornalista: o compromisso com a verdade e as diferentes narrativas

"A verdade faz parte da nossa ética. É saber que a cada reportagem concluída cumprimos com o nosso dever"

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Dia do Jornalista (Imagem: Fernando Wentz/RSN)

Sem jornalismo não há revolução.
Juahrez Alves

A pauta de hoje é o próprio jornalista. Aquele que amplia vozes cotidianamente perante o mundo. O profissional de mídia é responsável por apurar fatos e transmitir as informações para o público, que pode ser via rádio, televisão, portais, jornais impressos, entre outros meios de comunicação . Hoje (7), comemora-se o Dia do Jornalista.

O dia foi criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Assim, o intuito é homenagear o jornalista e médico Giovanni Battista Libero Badaró, importante personalidade na luta pelo fim da monarquia portuguesa e Independência do Brasil.

E, o Portal RSN conta para os leitores as dores e amores que circulam o processo de ser jornalista e fazer jornalismo. Gilson Boschiero é o responsável pela elaboração de cronogramas de produção, pela leitura final e avaliação editorial de textos e a aprovação de pautas. Conforme o editor-chefe, ser jornalista é ter a ferramenta da comunicação nas mãos, nos olhos, na boca e nos ouvidos.

E com ela, levar informação para a sociedade. O papel da nossa profissão é trazer à luz de todos, aquilo que nem todos querem divulgar. Além disso, ajudar diariamente na construção de uma sociedade mais justa. O jornalismo também fortalece a democracia. Sabemos que em tempos obscuros de regimes totalitários, a censura se impôs, tentando calar os jornalistas. Mas o jornalismo liberta.

Conforme Gilson, o profissional tem o desafio diário de levantar as informações corretas, apurar, checar. “Esse é o compromisso. É preciso ainda ter consciência da responsabilidade social. Mas sem deixar de lado a qualidade e a velocidade que a profissão exige nos dias atuais”.

Para Vallery Amanda, que atua na redação do Portal RSN, ser jornalista não é simplesmente dar a notícia. É também ser fiel a si mesmo, sobre o que vale a pena lutar, qual o impacto que aquela informação terá na comunidade, mas também no mundo.

Só dar a notícia, qualquer um faz, porque o ser humano possui a linguagem. Mas o que ela fala sobre todos? O que ela fala sobre o que acreditamos? E a partir disso, como as pessoas são alcançadas? Cada número de visualizações, é uma pessoa que leu a notícia e encontrou informações na minha matéria. Porém, o que eu pude fazer por aquele leitor? Não pode ser apenas informar. Pois eu acredito que ser jornalista é ir além da notícia.

Segundo a jornalista Mariana Valente, que também é publicitária, a profissão acompanha em todos os locais. Afinal, não há como sair e decidir o momento em que uma história interessante te encontra. Sendo assim, é necessário ficar atento ao exercer o papel de extrema importância e prestar atenção nos mínimos detalhes.

É muito gratificante quando um leitor nos envia mensagem falando que uma matéria fez relembrar a infância ou que ajudou a resolver um problema da rua. São essas coisas que nos fazem refletir sobre nosso papel social e que, também, compensam os esforços do dia a dia.

Mayara Maier também atua na redação RSN. De acordo com ela, a profissão vai além de interpretar e descrever situações diárias. É preciso ouvir e dar lugar de fala para aqueles que se sentem excluídos na sociedade.

Mas, mais do que isso, precisamos pensar muito sobre o que escrevemos e como escrevemos. Ser jornalista é ir além do fato. É entender o momento histórico e o impacto da nossa voz para repercutir a voz de tantos outros. Muitas vezes, exercer o jornalismo, é contar aquilo que nem todos querem ouvir e se posicionar quando necessário. Pois se há uma coisa que o jornalista não é, dentro de tantos outros papéis que assumimos, é imparcial. Nós temos um lado, o lado da informação simples, completa e que chega a quem precisa. Mas que, principalmente, expõe aquilo que muitos tentam manter escondido.

Conforme a mais nova integrante da equipe de jornalismo, Barbara Giacomitti, é muito mais do que ser uma voz para a sociedade. É fazer com que as pessoas se sintam representadas e consigam se sentir pertencentes a algo.

Ser jornalista é um ato de coragem. Em meio ao caos informacional, nós temos o papel de buscar no que é dito, o que precisa ser dito. Ser jornalista é, antes de tudo, ser humano, ser responsável pela voz das histórias, o narrador da vida humana.

Sabrina Ferrari, jornalista da REDE+, sempre teve o sonho de ser comunicadora e foi apaixonada pela escrita. “No entanto, antes de chegar ao jornalismo eu pensei nas diferentes possibilidades, Relações Públicas, Relações Internacionais ou Publicidade e Propaganda. E, quando o destino trouxe ao meu caminho o jornalismo, eu senti que era ali que eu queria estar e ali permaneceria”.

Então, no decorrer do tempo, aprendeu a se desdobrar e desfrutar das muitas possibilidades da profissão tão complexa e que permite dar voz.

Hoje, eu entendo o quanto nos tornamos jornalistas. O jornalismo nos faz ir além, voar e adentrar espaços e a vida de pessoas que talvez nunca sonhamos em conhecer. Ouvir e ser ouvido para que pautas enfrentem diretamente as questões sociais e as injustiças do mundo. É poder identificar, ser identificado e perceber possibilidades.

Por fim, Cristina Esteche, afirma que fazer jornalismo é se apaixonar, se revoltar, rir, chorar, mas acima de tudo amar as histórias que ouvem, que pesquisam e que contam. Portanto, não se faz jornalismo sem ter o dom, a paixão pela arte de escrever.

É não olhar para o relógio e nem para os dias da semana. Porque a notícia não tem hora, não escolhe dia e nem local. É saber que a atividade desgasta, mas apaixona.  Entendo ainda que não se pode ser jornalista sem ter uma visão crítica, sem ter discernimento, sem ter a consciência de que não devemos disseminar a desinformação. Faz parte da nossa ética. É saber que a cada reportagem concluída cumprimos com o nosso dever.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Antunes

Jornalista

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