A vida muitas vezes nos surpreende com curvas inesperadas que nos desafiam a explorar nossas habilidades e talentos de maneiras diferentes. Em 2019, Tainá Raue estava prestes a concluir o mestrado em Marechal Cândido Rondon quando um erro na contagem de créditos a levou a repensar o futuro. Em vez de se deixar desanimar, a jovem usou essa reviravolta como uma oportunidade para descobrir um dom até então desconhecido: a confeitaria.
Embora os olhos estivessem inicialmente voltados para a vida acadêmica, a necessidade de completar uma disciplina adicional a fez mudar os rumos. O desafio era duplo, pois precisava financiar a permanência prolongada na universidade após o término da bolsa. Determinada a não se deixar abater, Tainá decidiu explorar uma área em que nunca havia se aventurado: a cozinha.
UMA PALAVRA AMIGA
Apesar de não possuir experiência formal na culinária, Tainá havia trabalhado como garçonete anteriormente. Com um círculo de conhecidos na universidade, ela viu uma oportunidade de começar a vender brigadeiros, algo amado pelos brasileiros. “E sai vendendo principalmente na Unioeste de Marechal. De porta em porta na universidade toda. Percebi que os brigadeiros de sabores diferentes e novos vendiam bem, e o tradicional não tinha falha, sempre vendia”.
Motivada pelo desejo de superar os desafios, Tainá mergulhou de cabeça em pesquisas para aprimorar as habilidades na produção. Contudo, o espírito empreendedor não parou por aí. Conforme as vendas cresciam, ela percebeu a demanda por encomendas maiores e começou a criar caixinhas com uma variedade de doces. Logo, conquistou o apoio de uma cliente especial, cujas palavras de encorajamento e incentivo a impulsionaram a continuar nesse caminho.
Assim, expandiu os horizontes além da universidade, vendendo os produtos no comércio local e entre os colegas de trabalho. Durante uma viagem, teve a oportunidade de aprender com diferentes tradições culinárias, que a inspiraram a criar sabores ainda mais únicos e inusitados. No entanto, o cenário da pandemia trouxe desafios imprevistos, afetando as vendas e forçando-a a repensar a estratégia.
Apesar dos momentos difíceis, a jovem encontrou uma válvula de escape na confeitaria. “O processo de decorar é uma cerimônia pra mim”, ela conta, destacando como essa prática se tornou uma forma de arte e terapia. O amor pela área a levou a explorar bolos personalizados, e descobriu que essa era uma paixão.
Hoje, a profissional continua a jornada, trabalhando para alcançar o sonho de abrir a própria confeitaria. Ficou interessado? Para fazer uma encomenda basta entrar em contato pelo Instagram.