Nove em cada dez jovens afirmam que o voto tem poder para transformar a realidade. Além disso, 64% afirmam que vão votar este ano; 21% ainda não sabem se vão votar ou não; e 15% disseram que não vão votar.
Em fevereiro deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou o menor número de adolescentes com título de eleitor desde a conquista do direito ao voto para essa faixa etária na Constituição de 1988: pouco mais de 13% estavam aptos para votar nas eleições deste ano naquele momento.
Foram feitas campanhas de conscientização e esse número aumentou. De acordo com as estatísticas oficias, até janeiro deste ano, o TSE registrava, no total, pouco mais de 730 mil títulos emitidos para jovens de 15 a 17 anos de idade, cujo voto é facultativo. Em março, esse número subiu para 1,050 milhão – ainda abaixo do registrado em 2018 quando 1,4 milhão de jovens entre 15 e 17 anos tinham o título.
A IMPORTÂNCIA DO VOTO
A Constituição de 1988, conhecida como a “Constituição Cidadã”, consolidou o Estado democrático brasileiro. Assim, a participação política representa uma ampliação da cidadania e celebra a nossa capacidade de legitimar a democracia representativa em nosso país. Nesse sentido, devemos votar. Afinal, o voto equipara ricos e pobres de Norte a Sul e fortalece a nossa capacidade de dialogar com a esfera pública.
Após um forte movimento encabeçado por entidades estudantis, a Assembleia Constituinte de 1988 aprovou emenda que instituiu o voto facultativo aos jovens maiores de 16 e menores de 18 anos. O movimento nasceu em decorrência da expressiva participação dos secundaristas e adolescentes nas lutas democráticas dos anos 1980.
Desse modo, a proposta obteve o voto favorável de 355 constituintes, 98 votos contrários e 38 abstenções. Torna-se imprescindível a efetiva participação política da juventude, sobretudo no cuidado de avaliar a história, o programa político, o engajamento na vida política e o comprometimento dos candidatos.
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