22/08/2023


Lendas urbanas que envolvem Guarapuava e o Paraná

Lendas urbanas, mitos urbanos ou lendas contemporâneas são pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista

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Lendas Urbanas (Foto: Reprodução/Pinterest)

As lendas urbanas, mitos e histórias fantásticas ganham fama por serem divulgadas nas conversas, e, após a revolução digital, por e-mails, sites, entre outros. Frequentemente são contadas com a premissa de terem ocorrido com ‘um amigo da gente’ e são enviadas com uma série de alardes do tipo “cuidado, isso pode acontecer com você”.

Elas ultrapassam décadas sendo espalhadas com pequenas alterações, como diz a sabedoria popular: “quem conta um conto aumenta um ponto”. Assim, algumas foram traduzidas e fazem parte da cultura de vários países, como no caso da loira do banheiro, lenda que causa arrepios em pessoas de todas as idades até hoje.

Desse modo, contamos agora uma lenda municipal e uma regional que atraem a curiosidade dos moradores locais. Dois soldados maragatos, nos idos de 1830, durante a Revolução Federalista, desertaram da tropa do capitão Zeca Tigre e perderam-se pelas matas. Nem sabiam onde estavam, o que foi pior para um deles.

O SOLDADO DEGOLADO

Com sede e com fome, chegaram em uma fazenda, mas acabaram assustando as moças que achavam ser eles estupradores. No entanto, eles não eram. Os dois garotos se recusaram a matar outros brasileiros em nome de uma revolução que até hoje nem se sabe que objetivo tinha.

As moças gritaram por socorro, com medo. Os peões chegaram correndo e prenderam um deles. O outro sumiu pela mata e nunca mais se soube dele ou foi visto. Portanto, pobre do rapaz que foi apreendido pelos peões. Garoto ainda, recém criando barba, foi amarrado em uma árvore e ali, com fome e com sede, esperou a chegada do comandante da tropa, um capitão do mato que virou general de tropas, coisa comum naquelas épocas.

O jovem foi obrigado a cavar a própria cova, entre choros e arrependimentos. Entre uma pazada de terra e outra, implorava por perdão. Assim, o mataram com um facão que passou pela garganta e, literalmente, perdeu a cabeça.

Aqui começa a lenda do soldado degolado. Para ele foi erguida uma capela na Rua General Carneiro. Muitos dizem que por ali era visto um corpo sem cabeça andando. Há quem jure que por ser ele um inocente, faz milagres.

O ESPÍRITO DO CEMITÉRIO

Em um cemitério, um grupo de jovens gostava de apostar quem pegava mais cruzes. Certo dia, uma moça muito bonita faleceu, deixando um clima sombrio no local. Semanas depois do ocorrido, um rapaz senta-se sobre um túmulo e repara numa bela garota ao seu lado. Ela o desafia a roubar uma cruz naquela noite, a sua própria, e entrega-lhe uma rosa, que ele guarda no bolso. Naquela noite, para surpresa dele e de seus amigos, não havia nenhuma lápide e nenhuma cruz. Quando pôs a mão no bolso, teve uma terrível surpresa: a rosa havia se transformado em um pedaço de osso humano.

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Antunes

Jornalista

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