*Reportagem com vídeo
No dia 24 de setembro, as ruas de Curitiba, capital paranaense, serão palco de uma manifestação que tem chamado a atenção nos últimos anos: a Marcha da Maconha. O evento está programado para partir às 16h20 da Boca Maldita, após uma concentração que começa às 15h. A manifestação ganhou força em diferentes partes do mundo.
Na década de 1980, um novo campo de estudos sobre movimentos sociais emergiu: os movimentos populares urbanos, especialmente presentes na América Latina. No Brasil, essa mudança de cenário sociopolítico trouxe à tona novas problemáticas e questionamentos, muitos dos quais centrados na construção da identidade, enquanto o movimento operário mais tradicional começava a ceder espaço. Desde maio de 1999, manifestações inspiradas pela “Global Marijuana March” começaram a se consolidar e atrair adesões em diversos países, incluindo o Brasil.
A “Marcha da Maconha” teve a estreia brasileira em 2007, no Rio de Janeiro. Em meio a desafios, o movimento não só resistiu, mas também se expandiu para outras cidades, ano após ano, marcando presença em aproximadamente 50 municípios atualmente.
Desse modo, se defende a busca por reconhecimento e inclusão, assim como por uma mudança na perspectiva da sociedade em relação à planta e as aplicações. Conforme Ana Pedroso, ela e o namorado já participaram como expectadores da manifestação e neste ano estão organizando com a produção de cartazes.
É muito legal se sentir pertencendo a algo, pois é algo que a gente acredita. Para mim nunca foi um tabu, eu sempre tentei deixar isso muito ‘destabulizado’ com a minha família e é uma coisa muito legal. Eu sempre quis mostrar ao participar que a cannabis não é esse monstro que as pessoas acreditam.
A influência de movimentos sociais envolvendo a maconha já gerou mudanças significativas em diversos locais, como o caso do Canadá. O país se tornou o primeiro do G20 a legalizar o uso recreativo da planta, após anos de luta pela legalização medicinal, estando a “Marcha da Maconha” e o “Festival Freedom” entre os movimentos cruciais nesse processo. Confira o vídeo sobre a manifestação em Curitiba.
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