A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) deu o pontapé inicial nesta semana para uma imersão visual única: a exposição “Guarapuava por…”. Até o dia 28 de março, o Hall da Diretoria de Cultura, no Campus Santa Cruz, se transforma em um portal para a identidade guarapuavana, revelada em cliques que capturam essa essência.
São 16 fotógrafos – todos apaixonados pelo olhar sensível da cidade – que trazem para as paredes da mostra não apenas paisagens, mas fragmentos de uma memória coletiva. Cada imagem carrega um pedaço de Guarapuava, do brilho âmbar do pôr do sol às imponentes araucárias, testemunhas silenciosas do tempo.
A inspiração para a exposição veio de uma experiência marcante da diretora de Cultura da Unicentro, Nincia Cecilia Ribas Borges Teixeira. Durante uma visita a uma mostra em São Paulo, onde fotógrafos exploravam a representação de regiões nos séculos XVII, XVIII e XIX, surgiu a ideia. “Por que não criar um registro contemporâneo da identidade guarapuavana”? Assim nasceu ‘Guarapuava por…’.
As fotografias que estão aqui são memórias da cidade. É um repositório de sensibilidade, um convite para sentir como é bom viver em Guarapuava.
Sob curadoria de Andressa Rodrigues dos Santos, a exposição desenha um mosaico de perspectivas. Para quem conhece Guarapuava, é um reencontro com suas nuances. Para quem vem de fora, uma descoberta. Foi assim para Rafael Nunes, visitante encantado com a experiência.
Eu gosto muito de fotografia, e não sou de Guarapuava. Ver esses detalhes e conhecer um pouco mais da cidade através dos olhos de outros foi incrível.
Entre os talentos por trás das lentes está Marcia Carazzai, professora do Departamento de Letras da Unicentro. O olhar poético dela sobre a cidade aparece em duas imagens que reverenciam a araucária. Em uma, a melancolia do preto e branco; na outra, o jogo entre sombras e feixes de luz, como um amanhecer tímido nos invernos guarapuavanos.
A araucária sempre me remete à cidade. Além disso, escolhi o inverno como cenário, pois ele também faz parte dessa identidade. Geralmente fotografo flores e cores vibrantes, mas desta vez quis explorar algo diferente.
Marine Carboni Linzing, professora e escritora, leva sua visão para um campo ainda mais profundo, onde fotografia é memória, cura e movimento. “A árvore simboliza a abertura de potencial, o florescimento. Já minha segunda foto fala sobre polaridade – a luz e a sombra, o sim e o não. Somos feitos desses contrastes”, reflete ela que escolheu Guarapuava como lar e imprime afeto em cada captura.
A mostra também traz fotografias de um personagem ilustre: o ex-prefeito Nivaldo Kruger, cujas imagens cedidas gentilmente pela família dão um ar de melancolia. Mas o grande trunfo de “Guarapuava por…” está na pluralidade: são olhares diversos, unidos pelo amor à cidade e pelo desejo de eternizar seus encantos.
Portanto, seja você um apaixonado por fotografia ou apenas alguém em busca de novas perspectivas, essa exposição é um convite para enxergar Guarapuava com outros olhos – os de quem a vive, sente e transforma em arte.
(Com informações de Ana Flávia Godoy/Coordenadoria de Comunicação Social da Unicentro)
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