22/08/2023

Mulheres que revolucionaram a Moda e você não sabia

Ao longo da história várias mulheres importantes imprimiram um legado no mundo da moda, algumas são menos conhecidas, mas também merecem ser celebradas

mulheres

Mulheres que revolucionaram a Moda e poucas pessoas sabem (Arte: Alana Bellan/REDE+)

Ao longo da história várias mulheres importantes imprimiram um legado no mundo da moda. Nomes como Coco Chanel, Mary Quant, Vivienne Westwood, Diane Von Furstenberg e Miuccia Prada se consagraram. Mas além delas, outras tantas artistas menos conhecidas também merecem ser celebradas.

Por isso que nesta semana que é marcada pelo Dia Internacional da Mulher, a Rede+ preparou para o quadro Fashion+ uma lista de mulheres que revolucionaram a Moda e poucas pessoas sabem.

(Foto: Reprodução/Pinterest)

Entre elas esta Elsa Schiaparelli (1890-1973) com criações que exaltavam o fantástico e desafiavam noções de realidade. Expoente do movimento surrealista, a designer era rigorosa quanto ao corte e qualidade do acabamento das peças.

Mesmo em uma época mais conservadora. Elsa tinha como marcas registradas as criações que fugiam do comum. Como chapéus em formato de sapato, luvas com unhas pintadas em vermelho; peças estampadas com figuras inusitadas de animais, a lagosta era uma das favoritas.

Bem como a anatomia humana destacando partes do corpo como olhos, mãos e boca – costume recorrente no surrealismo – além da predileção por rosa choque, tom que ela ajudou a popularizar.

MADAME GRÈS

(Foto: Reprodução/Pinterest)

Sempre discreta, a parisiense Germaine Emile Krebs, também chamada de Alix Barton até eleger o nome Madame Grès (1903-1993) não gostava de aparecer, nem de dar entrevistas. Por isso recebeu o apelido ‘esfinge da moda’ devido o ar misterioso.

Até hoje, muitas das criações dela estão nos armários de pessoas pelo mundo afora. Madame Grès sonhava em se tornar escultora e acabou realizando o desejo de forma alternativa, praticando a arte e utilizando tecidos como matéria-prima. Por isso que ela recebeu o título de ‘escultora da moda’.

Plissados, drapeados, peças sem costura ou de detalhes como recortes estratégicos foram indroduzidos e popularizados por Grès. Por meio da técnica de moulage, ela fazia criações moldadas diretamente no corpo e do corte, esculpia silhuetas impecáveis.

CHEZ ZELDA

(Foto: Reprodução/Pinterest)

Estilista autodidata, Zelda Wynn Waldes (1905-2001) começou a carreira como vendedora, e se tornou a primeira pessoa negra a abrir uma loja na Broadway (NY. Posteriormente, abriu um atelier/boutique chamado, Chez Zelda. Consciência social e preocupação com inclusão sempre figuraram entre os grandes trunfos e contribuições dela no mundo da Moda.

Vestia mulheres de todos os tamanhos de forma impecável, adaptando as peças às formas naturais de cada. Waldes teve participação decisiva na luta racial, sendo uma das fundadoras da National Association of Fashion and Accessory designers. Em 1970, começou a desenhar os figurinos do Dance Theater of Harlem.

Chez optou por ignorar os protocolares tons rosados e passou a tingir meias-calças e sapatilhas de acordo com o tom de pele de cada bailarina. Um gesto simples, mas incrivelmente poderoso na busca por representatividade.

REI KAWAKUBO

(Foto: Reprodução/Pinterest)

Nascida em 1942, a estilista fundou as marcas Comme des Garçons (iniciada em 1969) e Dover Street Market. Rei tem um talento único para mesclar influências orientais e ocidentais, resultando em uma estética autoral e revolucionária.

Ela transformou a ideia de varejo com a criação da loja conceito Dover Street Market. O espaço físico lembra uma galeria de arte com instalações especiais e intervenções artísticas que mudam a cada temporada.

Na década de 1980 o olhar da artista começou a ser reconhecido com a participação dela no ‘Japonismo’, um movimento de estilistas japoneses em Paris, do qual Kawakubo foi destaque ao lado de nomes como Yohji Yamamoto. Esses designers ajudaram a popularizar uma moda urbana e genderless, de apelo intelectual com roupas de proporções e silhuetas ousadas predominantemente em tons de preto.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Antunes

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.