22/08/2023

O avanço da maconha medicinal no Brasil

A maconha medicinal se refere ao uso dos compostos encontrados na planta para fins médicos, em especial o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC)

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Dr. Nunes (Foto: Reprodução/Diário do Sudoeste)

*Reportagem com vídeo 

A maconha, também conhecida como Cannabis, não é uma novidade no mundo da medicina. Os usos terapêuticos remontam há séculos atrás, conforme evidenciado por registros históricos que datam de antes de Cristo, como o livro chinês Pen Tsao. No entanto, no Brasil, a discussão em torno da maconha medicinal ganhou destaque mais recentemente, trazendo consigo um conjunto de desafios e promessas.

A maconha medicinal, ou Cannabis medicinal, refere-se ao uso dos compostos encontrados na planta para fins médicos, em especial o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC). Essas substâncias têm demonstrado potencial terapêutico em uma variedade de condições, desde epilepsia até dores crônicas e esclerose múltipla.

NO BRASIL

No Brasil, a regulamentação em torno da maconha medicinal tem sido um processo complexo e gradual. Em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu um passo importante ao autorizar a importação de produtos derivados da cannabis para fins medicinais, mediante prescrição médica. Esse foi um marco que permitiu que pacientes brasileiros tivessem acesso a tratamentos à base de CBD e THC.

No entanto, foi nos últimos anos que a demanda pela maconha medicinal no país explodiu. Em 2021, a Anvisa relatou um aumento significativo nos pedidos, com cerca de 40 mil solicitações por produtos de cannabis para fins terapêuticos. Esse número impressionante demonstra a crescente conscientização sobre os benefícios potenciais desses tratamentos.

OS COMPOSTOS

Os tratamentos à base de maconha medicinal podem conter uma variedade de combinações de CBD e THC, os dois principais compostos encontrados na planta. O CBD tem sido utilizado no tratamento de condições como epilepsia refratária, dores crônicas, Parkinson e transtornos de ansiedade, entre outros. É conhecido por seu potencial terapêutico sem os efeitos psicoativos associados ao THC.

É importante que as pessoas entendam que estamos falando de ciência e muito conhecimento até chegar ao ponto terapêutico em que estamos. Existem milhares de artigos científicos, experiência prática no dia a dia, realizada por vários cientistas, pesquisadores e médicos prescritores do mundo inteiro, que fazem a prática com conhecimento. Já se isolou da planta mais de 177 canabinoides, mas a cada dia se descobre novas substâncias da planta que possuem princípios ativos. Também é importante entender que a planta tem grande utilidade na indústria, com fibras mais resistentes que as do algodão, por exemplo, que pode ser utilizado para objetivo industrial, como a indústria têxtil e cosmética.

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Antunes

Jornalista

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