22/08/2023

Produções de Guillermo Del Toro para acompanhar no FDS

Ele começou a fazer curtas-metragens enquanto ainda cursava o ensino médio e seguiu o sonho ao estudar Cinema na Universidade de Guadalajara

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Guillermo Del Toro (Foto: Reprodução/Capricho)

*Reportagem com vídeo

Um dos diretores de cinema mais originais e inovadores do momento é o vencedor do Oscar Guillermo Del Toro. Ele é conhecido por misturar elementos de horror e fantasia a temas de grande complexidade emocional. Nascido em Guadalajara, no México, em 9 de outubro de 1964, Guillermo del Toro desenvolveu interesse por filmes e histórias de terror quando criança.

Ele começou a fazer curtas-metragens enquanto ainda cursava o ensino médio e seguiu o sonho ao estudar Cinema na Universidade de Guadalajara. Posteriormente, Guillermo aprendeu a arte da maquiagem para filmes com o lendário maquiador Dick Smith. Durante a década de 1980, o hoje diretor ficou trabalhando como maquiador de efeitos especiais e foi cofundador da Necropia, uma empresa de efeitos especiais.

Entre 1988 e 1990, Del Toro escreveu e dirigiu vários episódios da série de terror para televisão Hora Marcada, antes de fazer o roteiro e dirigir o primeiro longa-metragem no México, Cronos, em 1993. O filme, sobre os efeitos de um dispositivo que confere imortalidade, ganhou nove prêmios Ariel da Academia Mexicana de Cinema e também recebeu o grande prêmio da Semana da Crítica Internacional no Festival de Cinema de Cannes de 1993. Por isso, selecionamos três filmes do diretor para indicar como obras para acompanhar no fim de semana.

A FORMA DA ÁGUA

A Forma da Água é o filme mais premiado de Guillermo del Toro, tendo vencido na categoria principal do Oscar de 2018 como Melhor Filme, além de render ao cineasta mexicano o primeiro prêmio como Melhor Diretor.

O filme é ambientado no auge da corrida espacial e da Guerra Fria, no início dos anos 1960 em Baltimore, Estados Unidos, Elisa Esposito (Sally Hawkins), uma mulher muda e solitária, tem uma rotina diária simples como zeladora noturna em uma instalação de pesquisa ultrassecreta do Governo norte-americano.

Com apenas dois amigos, Zelda (Octavia Spencer), a solícita colega de trabalho que entende a linguagem de sinais, e Giles (Richard Jenkins), o vizinho pintor, Elisa fica impactada pela chegada inesperada de um ser anfíbio amazônico à corporação.

Mantida em uma coleira curta dentro de um tanque de água, a misteriosa criatura escamosa é, inevitavelmente, o centro das atenções. Só que quando um certo vínculo de amizade começa a florescer entre a criatura e Elisa, a própria sobrevivência desse raro ser passa a depender da protagonista.

PINÓQUIO

A história clássica do boneco de madeira que deseja virar gente numa versão musical em stop-motion. Ambientada na Itália entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, essa abordagem traz o fascismo como pano de fundo.

Os cineastas Guillermo del Toro e Mark Gustafson definitivamente não desenham uma fábula infantil, tampouco estão preocupados com a geração de lições moralistas a crianças travessas. Em Pinóquio por Guillermo del Toro há sugestões visuais bastante intrigantes que provavelmente vão reverberar melhor na fatia adulta da plateia (o público-alvo da produção). Um desses momentos é Gepeto desesperado tendo rompantes de Dr. Frankenstein ao gritar contra uma tempestade enquanto golpeia um pinheiro: “vou reconstruir você, Carlo, vou fazer um novo filho”.

Embora o filme não se aprofunde como poderia na complexidade dessa construção de uma figura substituta, do duplo que não anuncia a morte, mas que visa mimetizar alguém que morreu, essa cena é o suficiente para entendermos que o terreno trabalhado aqui é bem menos pueril. Outro momento de destaque é quando Pinóquio (voz de Gregory Mann) questiona os motivos que levam as pessoas a gostarem da escultura de Jesus pregado na cruz e a desgostarem dele, uma vez que ambos são feitos de madeira e pelo menos homem.

O GABINETE DE CURIOSIDADES

Os primeiros minutos de O Gabinete de Curiosidades de Guillermo Del Toro não poderiam ser mais autoexplicativos. Eles mostram o renomado cineasta Guillermo Del Toro, grande amante e artista do horror, explicando que é um “Gabinete de Curiosidades”.

Comuns entre os séculos séculos XVI e XVII, eles eram lugares ou móveis onde os donos exibiam uma coleção de diferentes objetos bizarros, raros ou com uma história a contar. É a partir dessa premissa que o diretor mexicano apresenta uma série antológica em que cada história apresenta uma “curiosidade” e a origem.

Além de produzir e apresentar, Del Toro serviu como curador das histórias – sete episódios são adaptações – e até como corroteirista de algumas delas. Credenciais que deixam claro que o cineasta mexicano fez muito mais do que emprestar o prestígio que o nome adquiriu com a criação de grandes momentos do gênero.

Qual a escolha para o fim de semana?

*(Com informações de Capricho)

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Antunes

Jornalista

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