Assim como os relacionamentos, as redes sociais chegam e partem. Muitas delas deixam alguns legados, como é o caso do saudoso Orkut. Entre depoimentos, mensagens públicas e interações com perfis fakes e reais, muitas amizades e amores on-line surgiram. Uma busca no site era um passo básico na hora de saber mais informações sobre alguém em que estivesse interessado, ou encontrar pessoas.
Muitas histórias de amor começaram na rede, como a de Bianca Camillo de 30 anos. Ela conta que o ex-namorado havia visto algumas fotos dela com um primo e foi dessa maneira, que os dois se adicionaram e passaram a trocar mensagens. Convite enviado, convite aceito. Logo as mensagens por scrap evoluíram para outro serviço extinto, o MSN.
Ela conta que o fim do relacionamento veio, pois moravam longe e a dificuldade de se encontrar atrapalhou a paixão do casal. O fim definitivo do Orkut foi decretado pelo Google em 2014. Desde então, usuários não podem criar novas contas na rede social. Lançado em janeiro de 2004, o Orkut chegou a atingir, em auge, cerca de 40 milhões de usuários, mas a falta de investimentos e a ascensão do Facebook fizeram o site que educou uma geração de brasileiros nas redes sociais perder espaço.
O UNIVERSO DE POSSIBILIDADES
O Orkut foi também, um universo de possibilidades. Entre elas, vestir um personagem e passar a viver em um universo paralelo à realidade. Este mundo é chamado de fake (termo que significa falso em inglês).
Aparentemente inocente, a ‘mentira virtual’ pode acarretar consequências psicológicas para os adeptos, como explica a psicóloga Marina Ruffo. “Na época o interesse por isso era experimentar novas realidades, como a vida de celebridade, testar namorados e conhecer novas pessoas. Um problema do fake é que às vezes acaba afetando sua vida de verdade. Eu já misturei sentimentos de amizade, por isso é importante deixar claro quando termina o fake e começa a fazer parte do real. O vínculo pode se tornar tão forte que a pessoa acaba vivendo uma mentira e esquece da vida normal e até pode se apaixonar porque ela nem conhece”.
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