22/08/2023

Transmuta: produção sustentável trazendo vida para a moda atual

Conforme Lucas, fazer moda consciente seguindo as novas exigências do mercado fashionista em constante mudança é um desafio

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Transmuta (Foto: Reprodução/Instagram)

Estamos no século XXI, nunca se consumiu tanto e nunca se desperdiçou com tanta intensidade. Na indústria da moda não é diferente. Por meio do Upcycling, Lucas Bettin e Yasmin Lapolli, criaram a marca Transmuta. Ambos estilistas, eles empreenderam em torno de uma questão muito importante em nosso século: é possível consumo sustentável e fashionista numa era do consumismo exacerbado?

Conforme Lucas Bettin, fazer uma moda consciente, de acordo com as novas exigências do mercado fashionista em constante mudança é um desafio. “A nossa visão está relacionada aos caminhos do consumo consciente, a fazer uma moda coerente aos novos tempos. Existe muita roupa no mundo, e nosso propósito é ajudar o planeta a se regenerar. Trabalhar com resíduos, trazendo de volta ao topo da cadeia do consumo: pegar uma peça que foi descartada, considerada ‘lixo’ de alguém e trazer ela de volta a vida, o ciclo, a circularidade”.

A trajetória da construção de uma marca não é uma tarefa fácil. Assim, como muitos outros empreendedores, Lucas e Yasmin, tiveram que percorrer um caminho de dores e delícias até chegar a criação da marca e da posição no mercado. Com formação em Moda e trabalho na indústria por muitos anos, Lucas decidiu trabalhar com upcycling quando conheceu a primeira marca do gênero, Reroupa.

Por meio da tia de Yasmin, hoje sócia da empresa, ele encontrou a parceira, que já customizava as peças e esse encontro rendeu a sociedade perfeita.

Então, o empreendedorismo é um caminho árduo. Ser empreendedor é um trabalho pessoal, profissional, coletivo em vários níveis. Para a empresa ser um sucesso, precisa de muitos aspectos em harmonia. Portanto, empreender é um grande desafio da contemporaneidade.

Roupas são mais que adereços, são uma afirmação de identidade e expressão da essência. Porém, existem toneladas de peças no mundo todo e essa atitude de produção, que muitas vezes é de mão de obra barata e escrava, se torna insustentável. Como reverter esse processo, sem perder a paixão pela moda e manter a essência interior? Desse modo, por meio de pequenos pedacinhos de tecidos, um olhar diferenciado que uma peça que poderia ser jogada fora, se torna ouro nas mãos da equipe da Transmuta.

Por meio de encomendas dos próprios clientes e o acervo da marca, as roupas garimpadas escondidas nos armários, brechós, feiras e bazares se transformam em uma peça única, ganhando assim um valor inestimável que transmite o passado e o futuro da moda. Por fim, apesar das encomendas serem o carro chefe da empresa, com pedidos especiais e peças exclusivas, outros caminhos estão tomando forma dentro da estrutura.

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Antunes

Jornalista

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