22/08/2023
Geral

Inmetro alerta para a segurança infantil

Da Redação, com assessoria

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com a proximidade do Dia das Crianças, alerta aos pais e responsáveis que sigam as recomendações de segurança na hora de comprar os presentes para os pequenos, como brinquedos, que têm grande procura nesta época do ano. A supervisão durante o uso pela criança e a escolha adequada do produto por faixa etária são as principais dicas, além da observação da presença do Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro. Esse tipo de medida evita acidentes. Para se ter uma ideia, segundo registros do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac), os artigos da linha infantil são responsáveis por 13% dos relatos recebidos entre os anos de 2006 e 2015. Destes, 28% estão relacionados a brinquedos.

“É de extrema importância que o brinquedo seja adquirido no comércio formal e tenha o selo do Inmetro, e primordial que se respeite a faixa etária correspondente à idade da criança à qual o brinquedo se destina, considerando sempre o interesse e o nível de habilidade”, relata Paulo Coscarelli, assistente da Diretoria de Avaliação da Conformidade. “Embora em 2015 os nossos números tenham demonstrado queda dos acidentes em relação aos anos anteriores e estejamos empenhados na revisão dos requisitos de segurança previstos em nosso regulamento, os números ainda são preocupantes e, portanto, a campanha de conscientização é fundamental”, complementa. 

De acordo com as estatísticas extraídas do Sinmac, escoriações e arranhões são as principais lesões causadas por brinquedos, com 18%; seguidos dos cortes (16%) e entorses e sufocamentos, ambos com 8% dos relatos registrados. Entre as partes do corpo mais atingidas, estão: mão, com 19%; pé,13%; face, 11%, e partes internas, com 8%. Em 23% dos relatos de acidentes com brinquedos não houve lesão.

“É fundamental a participação dos cidadãos. Os relatos que nós recebemos via Sinmac são uma valiosa informação para que o Inmetro possa identificar quais são os produtos e serviços que oferecem mais risco à saúde e segurança dos consumidores e, portanto, dar foco nas suas atividades de regulamentação, seja publicando novos regulamentos e programas de certificação, seja aperfeiçoando os já existentes”, diz Coscarelli.

Segundo Coscarelli, a decisão do Instituto não é pautada apenas pela quantidade de relatos de acidentes de consumo com um mesmo produto, mas também a gravidade do acidente ocorrido: “Alguns riscos são mais facilmente percebidos do que outros. Podem até ser invisíveis. Por isso, é sempre recomendável ter um adulto acompanhando a brincadeira da criança e, em caso de acidente, relatá-lo ao Inmetro por intermédio do Sinmac.”

 

Cristina Esteche

Jornalista

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