Da Redação, com Assessoria da Sesp
Altamira do Paraná – O município de Altamira do Paraná, Região Central do Estado, está há quatro anos sem registro de homicídios dolosos. Outros 42 municípios também estão na relação da Secretaria de Segurança Pública do Paraná por esse mesmo motivo.
O dado consta no levantamento realizado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária. O mesmo levantamento mostra a tendência de queda nos assassinatos em todo o Estado.
Em 2015, o Paraná registrou o menor número de homicídios dolosos dos últimos nove anos. Foram contabilizadas 2.416 mortes – uma queda de 4% se comparada com o ano de 2014, que fechou com 2.515 assassinatos. É o terceiro ano seguido de redução no índice desse tipo de crime no Estado. Em Curitiba, a redução foi de 20% em comparação com 2014. Foram registrados 449 assassinatos no ano passado contra 569 em 2014. Foi o menor número de homicídios registrados em Curitiba desde 2007.
EM TODAS AS REGIÕES
As cidades sem homicídios estão espalhadas por todo o Estado. Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp), a região de Apucarana (18ª Aisp) é a que concentra mais municípios zerados de assassinatos: Ariranha do Ivaí, Califórnia, Kaloré, Lunardelli e Rio Bom. Na região Sudoeste, a 10ª AISP de Francisco Beltrão, por exemplo, tem quatro cidades sem homicídios há quatro anos: Bela Vista da Caroba, Flor da Serra do Sul, Manfrinópolis e Verê.
Trabalho conjunto
Para o secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, o trabalho conjunto das Polícias Militar e Civil, aliado à decisão do governador de criar delegacias de homicídios em Londrina, Maringá e Cascavel, além da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa em Curitiba, foi muito importante para reduzir a criminalidade em todo o Estado. “Nestas cidades onde há uma delegacia especializada para investigar homicídios, a taxa de assassinatos diminuiu ao longo dos anos. É uma decisão acertada. A polícia está cada vez mais especializada e isto reflete na redução da criminalidade”, avaliou Mesquita.