22/08/2023
Geral Paraná

Transsexual conquista espaço cinematográfico e está na HBO

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Cristina Esteche

Guarapuava – A atriz transsexual Laysa Carolina, de Guarapuava, "sacode a poeira" e mostra que talento, atitude, vontade e luta resultam em superação e conquitas. A atriz, hoje profissional, marca o seu nome no cinema nacional e internacional. Nos dias 22 e 23 de março, próxima semana, a atriz vai gravar participação no documentário de Tatiana Issa e Guto Barra, produtores do premiadíssimo "Dzi Croquettes", o documentário. Esse longa narra a trajetória do grupo de atores bailarinos que, em meio ao cenário repressor da ditadura militar, se estabelece como símbolo da contracultura no Brasil. Ganha repercussão também no exterior, especialmente em Paris.

Laysa Carolina também atua na contracultura e faz um enfrentamento ao preconceito. O documentário que será gravado por ela conta a luta de transsexuais contra a discriminação, Abrindo o Armário e o Coração já está vendido para a HBO. “É a vida de quem não se esconde, mas assume quem é” .

A transsexual, que nasceu no distrito de Entre Rios em Guarapuava, foi diretora do Colégio Chico Mendes na Região Metropolitana de Curitiba, é professora e também autora e protagonista do monólogo "A Morada Transitória", uma trilogia que conta a sua própria história. Esse curta estreia no dia 20 de abril no Canal Brasil, às 19h. O filme está licenciado por três anos.

“Escrevi falando da transsexualidade e em algumas vezes contraceno com o ator guarapuavano Marcio Ramos”. Laysa já está escrevendo a segunda parte da trilogia. “Meu filho é…." e terá Marcio no papel principal.

"O meu personagem será uma mãe transfóbica que expulsa o filho de casa". É a saga do jovem oprimido Luiz Carlos Machado [nome masculino de Laysa Carolina]  incorporada por Laysa no papel de mãe opressora. "Como aconteceu comigo".

Mas a trajetória da atriz que foi criada por um padre não para por aí. Ela grava também uma web série, Mulheres em Série. “Serão 10 capítulos, dos quais três para a web, e será a primeira vez que faço o papel de uma mulher cisgênero (que se identifica com o gênero que nasce]”. Segundo Laysa, a série completa já está sendo negociada com a HBO e com a Netflix

Cristina Esteche

Jornalista

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