Da Redação, com Assessoria
Guarapuava – Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu) estiveram em Curitiba no iníciod esta semana, durante encontro com representantes de 22 sindicatos que integram o Fórum das Entidades Sindicais (FES). Durante o evento, a pauta tratou sobre a atual situação do funcionalismo no Paraná e as ações a serem tomadas, para que a categoria não seja ainda mais prejudicado pelas iniciativas do Governo do Estado. Integrantes do FES também conversaram com o secretário de Administração e Previdência, Reinhold Stephanes.
As conversas, porém, não surtiram o efeito desejado e representantes do Fórum lamentaram que, novamente, não houve avanço nas negociações.
De acordo com o Sintesu, na Secretaria de Estado de Administração e Previdência (Seap) os membros do Fórum receberam, de concreto, apenas uma planilha denominada ‘Expectativa de Pagamento para Promoções e Progressões e Demais Eventos’.
De acordo com Stephanes, o levantamento será encaminhado à Comissão de Política Salarial (um grupo formado por todas as secretarias, mas que não comporta nenhum representante dos servidores) e deverá entrar na pauta na próxima reunião, que ocorrerá na semana que vem.
Entre os itens listados como expectativas estão os pagamentos de promoções em atraso, nomeações em concursos já realizados e a tramitação de novos concursos. Mas, tudo isto, só no papel.
De acordo com a Seap, o levantamento das demandas não significará que elas serão atendidas ou implementadas. “Vou solicitar que se ache um encaminhamento para estas questões no processo decisório e a possível elaboração de um cronograma”, afirmou o secretário de Administração.
O FES, ao analisar os itens listados, apontou a necessidade de que pelo menos três outros itens, que beneficiam os trabalhadores que ganham menos, entre nesta planilha: o pagamento do auxílio-transporte, do auxílio-alimentação e a complementação dos salários destes servidores para que alcancem, ao menos, o salário mínimo regional. Para os sindicatos, o governo, mais uma vez, se esconde atrás dos números e cenários criados pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).
Na reunião com a Seap, o economista e assessor do Fórum, Cid Cordeiro, voltou a reiterar da discordância das entidades com as manifestações do secretário Mauro Ricardo Costa. “A questão toda é que a Sefa está, mais uma vez, apresentando um quadro muito pessimista sobre a economia e a repercussão desta na arrecadação do Estado. E analisando os números do próprio governo, não estamos vendo a confirmação desta leitura da Fazenda. Além disso, nos foi feito um desafio para que mostrássemos outras fontes de receita. Nós o fizemos, mas o governo se recusa a aceitar”, explicou Cid durante a reunião.
Ao final, permaneceram as discordâncias das entidades da posição do secretário, tanto sobre as questões políticas como econômicas. No próximo dia 28 de junho, o Fórum volta a se reunir para decidir qual o encaminhamento das categorias darão às negociações com o governo. A próxima reunião, com a Seap, está prevista para ocorrer no dia 12 de julho.