22/08/2023
Guarapuava Segurança

Operação que investiga diplomas falsos prende um em Guarapuava

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 Da Redação 

Guarapuava – A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta feira (22), a segunda fase da operação “Volta às Aulas”, que tem como objetivo prender os envolvidos em uma quadrilha suspeita de falsificar certificados e históricos escolares na modalidade de educação de jovens e adultos à distância. Em Guarapuava, a polícia realizou a prisão coercitiva de um envolvido no esquema. O nome suspeito não foi divulgado.

Foram expedidos 42 mandados, sendo nove de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão para serem cumpridos em 11 cidades de três estados: Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Piraí do Sul, Guarapuava, Londrina e Maringá, Rio de Janeiro e Nova Iguaçu e Cuiabá. Um dos alvos do mandado de condução coercitiva é uma servidora da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed). 

Dez cursos são alvos desta fase da operação. Alguns deles não tinham autorização para emitir tais documentos, mas, mesmo assim, cobravam até R$ 1,7 mil de alunos que tivessem interesse nos diplomas. 

Cento e vinte policiais foram escalados para dar cumprimento aos mandados concedidos pela Justiça após investigações conduzidas pelo delegado-titular do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), Renato Bastos Figueroa. “Com os documentos e depoimentos colhidos na primeira fase foi possível mapear e identificar a amplitude do esquema criminoso, que se alastrava para outros estados”, disse o delegado. 

Apenas cinco das 13 instituições alvos desta ação policial tinham autorização para emitir certificados. “Os cursos que não tinham autorização recorriam aos que eram credenciados para obter, mediante pagamento, os diplomas e certificados”, diz Figueroa, acrescentando que tais documentos não tem validade e que “muitos alunos nem sequer realizaram as provas para serem graduados”.

De acordo com as investigações, apesar da fraude, vários estudantes usaram estes diplomas e certificados para, por exemplo, realizar de matrículas em universidades. A polícia está investigando aproximadamente 350 alunos, para saber se eles tinham ciência do esquema criminoso. 

DESDOBRAMENTO

A ação desta quarta (22) é um desdobramento da primeira etapa da operação. Em dezembro 2015, o Nurce já havia prendido seis pessoas e cumpridos 23 mandados de busca e apreensão encontrando uma série de documentos que permitiram a seqüência nas investigações.

A polícia havia investigado duas empresas, a Interathyvo e a Paraná Cursos, que cobravam de R$ 1,3 mil até R$ 1,7 mil dos alunos e falsificava provas e inclusive documentos pessoais enviando ao Instituto Brasileiro de Ensino à Distância (Ibed) – único a possuir habilitação legal para emitir os diplomas e certificados.
 

Cristina Esteche

Jornalista

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