Da Redação, com Assessoria
Curitiba – O projeto de lei nº 836/2015, do deputado Hussein Bakri (PSD), foi aprovado por unanimidade em redação final, última etapa de votações na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), e segue para a análise do Poder Executivo, que poderá sancionar ou vetar a proposta. O projeto que permite a visitação de animais domésticos aos pacientes internados em hospitais foi aprovado com pequenas alterações no texto original, promovidas por uma emenda modificativa da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Pela proposta, “fica autorizado o ingresso de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos, contratados, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS)”, que possuam sede no estado do Paraná.
Fica regulamentado que cada estabelecimento médico criará as normas para o ingresso dos animais para a visitação de pacientes. No caso de cachorros, além da coleira, quando necessário, o animal deverá estar com um enforcador e focinheira. Também será exigida a vacinação atualizada e higienização do animal.
Segundo o deputado autor do projeto, “a atividade terapêutica assistida por animais se insere nas práticas humanizadas exaltadas pela Organização Mundial de Saúde, que se utilizam do animal como parte integrante do tratamento psicológico do paciente”, justificou. “A partir da ‘Pet Terapia’ há uma adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, o que permite a redução de estresse e o aumento de bem-estar, reduzindo o período de internação e desconforto da hospitalização”, completou.
Para a psicóloga da Santa Casa de Curitiba, Luciana Távora Mira, a visita dos animais é importante para gerar sentimentos positivos aos pacientes. A Santa Casa recebe semanalmente a visita dos animais através de um projeto da Organização Não Governamental Amigo Bicho, fundada em 2005 e que realiza o projeto em outras dez instituições. “Essa visita é maravilhosa. O paciente que está internado geralmente vem com uma carga negativa, medo, frustação e impotência. Quando recebe a visita dos animais mobiliza sentimentos positivos, afetividade, comunicação e até mesmo a mobilidade do paciente”, explicou Luciana. “Quando a pessoa está no hospital geralmente fica mais acamado e quando os animais chegam ao hospital os pacientes se movimentam para receber o animal e isso faz com que o próprio corpo reaja positivamente”, completou.