22/08/2023
Geral Região

Justiça determina reintegração de posse em área da Araupel

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Da Redação, com assessoria

Quedas do Iguaçu – A Justiça Estadual do Paraná determinou a reintegração de área da Araupel em Quedas do Iguaçu invadida na sexta (18). Em decisão publicada na noite desta terça (22), a juíza substituta Ana Paula Menon Loureiro Pianaro Angelo, da Vara Cível de Quedas do Iguaçu, confirmou que a empresa é proprietária do imóvel.

A magistrada escreveu que a apropriação consiste em “injusta privação da posse”. Ainda de acordo com o texto da decisão, a ação  gerou transtornos para a Araupel e passou a "dificultar o desenvolvimento de suas atividades na região". Conforme fotos agregadas ao processo, foram levantadas moradias improvisadas de madeira no local.

As famílias que ocuparam a área estão a 200 metros do viveiro onde há cerca de 400 mil mudas de pinus e muito próximos da área industrial, o que causa apreensão aos funcionários. Quase 1.000 pessoas trabalham na unidade em Quedas do Iguaçu – a Araupel está entre as maiores empregadoras na região.

Ainda de acordo com a decisão, a juíza determinou a reintegração de posse sob pena de multa diária de R$ 2 mil para quem ocupou a área. E acrescentou: "caso o oficial de Justiça certifique a necessidade de auxílio policial para o cumprimento da decisão, determino a expedição de ofícios aos Comandos Geral e Local da Polícia Militar do Estado do Paraná e à Secretaria de Segurança Pública do Paraná, para que disponibilizem a força policial necessária para a execução da reintegração de posse."

Outras áreas produtivas da Araupel sofrem com ocupações, o que vêm dificultando a extração de madeira reflorestada destinada à industrialização. No início deste mês, a empresa anunciou o fechamento do setor de silvicultura, que chegou a ter 147 pessoas, porque  não é permitida a entrada de funcionários da empresa para o trabalho nas florestas. 

Recentemente, em reunião com autoridades do governo estadual, executivos da Araupel mostraram fotos comprovando que  as famílias têm ateado fogo em estruturas e árvores plantadas pela empresa. Há, inclusive, registros de furto de madeira, matéria-prima para a indústria.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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