Da Redação, com Sinclapol
Curitiba – Os policiais civis do Paraná ameaçam entrar em greve a partir da próxima quarta feira (14), contra a Reforma da Previdência. Eles reivindicam o mesmo tratamento concedido às Forças Armadas, Polícia Militar e Bombeiros, que terão regras especiais para as suas aposentadorias.
De acordo com a Cobrapol – Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, a proposta enviada pelo governo Temer ao Congresso Nacional não reconhece a profissão como “atividade de risco”, suprimindo a expressão do texto constitucional.
“Talvez isso tenha se dado porque os policiais civis em nenhum momento foram convidados a participar de qualquer discussão relativa à reforma da Previdência, seja no Ministério da Justiça, o que seria natural, seja em qualquer outro órgão do governo federal”, dispara Jânio Bosco Gandra, presidente da Cobrapol.
Outro ponto prejudicial, de acordo com Gandra, é que a reforma previdenciária eleva para 65 anos a idade mínima para aposentadoria do policial, proposta esta que desconsidera o fato de a expectativa de vida do brasileiro ter subido nos últimos anos, superando 75 anos, enquanto a expectativa de vida do policial é de 66 anos, significativamente mais baixa.
Em Curitiba, o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) informou que ainda vai discutir com a categoria sobre possível adesão ao movimento nacional e decidirá se haverá paralisação dos policiais civis do Paraná nos próximos dias.
“Trabalhamos juntos com a Cobrapol e demais entidades representantes da classe e estamos preocupados porque fomos colocados nas regras gerais da reforma da previdência. Só que trabalhamos com o diferencial do risco diário de morte. É preciso discutir a melhor forma, inclusive porque o governo federal já sinalizou tratamento diferenciado para as Forças Armadas, Polícia Militar e Bombeiros. O que queremos é tratamento único como manda a Lei”, disse André Luiz Gutierrez, presidente do Sinclapol.