Da Redação
Guarapuava – Uma reunião que está acontecendo em Curitiba, na Comissão de Política Salarial (CPS), está definindo o futuro de vários cursos e campi das universidades estaduais do Paraná.
De acordo com o reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Aldo Bona, caso não haja uma revisão na última determinação do Governo do Estado, não haverá outra solução a não ser interromper cursos e campi. É que um documento assinado pela chefe da Casa Civil e enviado aos reitores autoriza a contratação de apenas 5.946 horas/aulas quando a necessidade é de 10.770 horas. “Como a autorização do Governo estava demorando, renovei os contratos que tinha, para não perdê-los, e isso soma 6.389 horas acima do teto estipulado pelo Governo”. Segundo Bona, mesmo com essas renovações, há falta de professores em salas de aulas.
Embora a ordem governamental seja para não rescindir os contratos excedentes, será necessário não renovar os contratos à medida em que forem vencendo. “Isso é impraticável, porque além dos contratos vencerem de forma distinta, as disciplinas também são diferentes. Como poderei mandar um professor de Medicina Veterinária dar aula no curso de Jornalismo?”, exemplifica o reitor.
A decisão do Governo, porém, provocou a reação também do secretário estadual de Ciência, tecnologia e Ensino Superior (Seti), João Carlos Gomes. “O secretário foi muito firme e disse que essa decisão ia contra os seus princípios para a melhoria do ensino superior”. De acordo com o reitor da Unicentro, o governador Beto Richa, então recuou e determinou que a CPS revisse a decisão. “Sabemos que a decisão será reformada, mas ainda não temos nada oficial. Vamos fazer de tudo para que a situação não chegue ao ponto de desativar cursos e campi, mas a situação neste momento é gravíssima”.
De acordo com Bona, nesta quarta (29), o Conselho Universitário (COU) se reúne para tomar decisões com base no resultado da reunião da CPS.