Da Redação
Chopinzinho – Sem foro privilegiado por ter renunciado ao cargo, o ex-prefeito de Chopinzinho Leomar Bolzani vai a júri popular. Ele está sendo julgado pela morte do ex-procurador do município, Algacir Teixeira de Lima, executado a tiros em março de 2015. Leomar cumpre prisão domiciliar desde novembro de 2016.
A data do júri ainda não foi marcada pelo juiz João Ângelo Bueno. Segundo o magistrado, na decisão, que foi publicada no dia 5, há indícios suficientes para que o réu vá a júri pelo crime de homicídio qualificado, com dois agravantes: motivo torpe e promessa de recompensa. A defesa do réu disse que vai recorrer da decisão.
O ex-procurador foi assassinado na garagem de casa, na frente das filhas. Os três chegavam em casa quando foram surpreendidos por tiros. O ex-prefeito foi preso poucos dias depois, sob a suspeição de ser o mandante do crime e de ter combinado o pagamento de R$ 6,5 mil pela morte do procurador. Segundo o Ministério Público Estadual, o ex-procurador denunciaria irregularidades que vinham sendo cometidas por Leomar na prefeitura.
Depois do ex-prefeito, outras seis pessoas foram presas suspeitas de participação no assassinato. De acordo com as investigações, o casal Elvi Aparecida Haag Ferreira, 42 anos, e o marido, Nilton Ferreira, de 44 anos, contrataram Darci Lopes de Aquino para matar o procurador. Os dois foram a júri popular realizado em Guarapuava em julho de 2016. O Corpo de Jurados condenou o casal a 15 anos de prisão por homicídio qualificado, já que a vítima não teve chance de se defender.