Presidente do CREA-PR também discorda de trecho entre Guarapuava e Ipiranga

Da redação – Assim como o engenheiro Paulo Sidnei Ferraz, especialista em transportes, o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) do Paraná, Álvaro Cabrini Júnior (foto), também discorda da construção da construção da estrada de ferro que ligaria Guarapuava e Ipiranga.
O assunto se tornou motivo de constantes trocas de farpas entre o governador do Paraná, Roberto Requião, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O governador chegou a afirmar que o ministro tentou favorecer a empresa América Latina e Logística (ALL), em uma parceria público-privada que estaria superfaturada, fato rebatido por Bernardo.
Em entrevista a Rádio CBN de Curitiba, Cabrini defendeu outra possibilidade para a construção, tendo por base um trajeto diferente que, segundo ele, diminuiria custos, além de possibilitar um traçado moderno dando mais rapidez e segurança aos vagões.
“Nós apoiamos a construção da ferrovia, só que por Engenheiro Blay e não por Ipiranga. A construção como o governo federal quer pode ser mais fácil, mais imediatista, mais não é a melhor opção em longo prazo se pensarmos em termos de século 21”, opina.
“Não temos ferrovias no Paraná e precisamos voltar a construí-las para escoarmos nossos produtos de maneira mais barata”, comenta Cabrini, destacando que a falta de investimentos em algumas ferrovias obriga os trens a andarem a menos de 10 km/h. “O Paraná está passando por um apagão logístico rodoviário, ferroviário, portuário e aeroportuário. Em março concluiremos um relatório mostrando como o problema pode ser resolvido”, encerra.
Foto: divulgação