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Guarapuava – A luta quilombola pelo retorno à terra perdeu um dos seus ícones. Morreu dona Anália Gonçalves Guimarães (foto), esposa de Domingos Gonçalves Guimarães, moradora do assentamento Paiol de Telha na Colônia Socorro no distrito de Entre Rios.
Ela estava internada num hospital no município de Candói e faleceu no final da tarde de ontem (2).
O corpo está sendo velado no quilombo e será sepultado ainda hoje, quarta-feira (3) no município de Reserva do Iguaçu onde está sediada a área original.
Dona Anália como era carinhosamente conhecida por seus amigos e familiares marcou a luta pelos direitos humanos no Paraná, específicamente no direito quilombola na comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha Fundão.
Mulher lutadora, sempre esteve a frente em sua simplicidade da organização dos vários acampamentos feitos pelos herdeiros de Balbina Francisca Siqueira na área do Fundão. A paixão pela vida sempre a motivou garantir a visibilidade da Comunidade Invernada Paiol de Telha Fundão, mesmo diante das dificuldade, ameaças, processos que afetam essa comunidade até hoje.
Em um de seus depoimentos dona Anália disse: “Tivemos que sair corrido do FUNDÃO para não morrer, sofremos muito porque não tinha emprego em Guarapuava, pois fomos morar nessa cidade no Cascavelzinho, no meio do banhado, sofrendo… Quando tinha serviço, trabalhava o dia inteiro com fome, depois que acabava o dia, nós recebíamos, comprava comida pra dar para os filhos, tinha três naquela época. Depois de tanto sofrimento, saímos de lá procurar patrão bom, foi pior ainda, porque tinha dias que o Domingos saía trabalhar longe, o patrão não dava recurso para deixar na casa, as crianças passavam fome. Isso aconteceu quando fomos expulsos do Fundão. Hoje, ainda estamos sofrendo, porque ficar na beira da estrada, no barranco não é vida boa. Mas, estamos lá porque queremos nossa terra de volta”. (Anália Gonçalves dos Santos, 77 anos, Núcleo do Barranco em Reserva do Iguaçu)
Ela estava internada num hospital no município de Candói e faleceu no final da tarde de ontem (2).
O corpo está sendo velado no quilombo e será sepultado ainda hoje, quarta-feira (3) no município de Reserva do Iguaçu onde está sediada a área original.
Dona Anália como era carinhosamente conhecida por seus amigos e familiares marcou a luta pelos direitos humanos no Paraná, específicamente no direito quilombola na comunidade quilombola Invernada Paiol de Telha Fundão.
Mulher lutadora, sempre esteve a frente em sua simplicidade da organização dos vários acampamentos feitos pelos herdeiros de Balbina Francisca Siqueira na área do Fundão. A paixão pela vida sempre a motivou garantir a visibilidade da Comunidade Invernada Paiol de Telha Fundão, mesmo diante das dificuldade, ameaças, processos que afetam essa comunidade até hoje.
Em um de seus depoimentos dona Anália disse: “Tivemos que sair corrido do FUNDÃO para não morrer, sofremos muito porque não tinha emprego em Guarapuava, pois fomos morar nessa cidade no Cascavelzinho, no meio do banhado, sofrendo… Quando tinha serviço, trabalhava o dia inteiro com fome, depois que acabava o dia, nós recebíamos, comprava comida pra dar para os filhos, tinha três naquela época. Depois de tanto sofrimento, saímos de lá procurar patrão bom, foi pior ainda, porque tinha dias que o Domingos saía trabalhar longe, o patrão não dava recurso para deixar na casa, as crianças passavam fome. Isso aconteceu quando fomos expulsos do Fundão. Hoje, ainda estamos sofrendo, porque ficar na beira da estrada, no barranco não é vida boa. Mas, estamos lá porque queremos nossa terra de volta”. (Anália Gonçalves dos Santos, 77 anos, Núcleo do Barranco em Reserva do Iguaçu)
A morte da quilombola foi lamentada pelo deputado federal Dr. Rosinha, do PT, pela companhia de música e dança afro Kundun Balê, pela equipe de pastoral da Cempo.
