22/08/2023
Cotidiano

Militares paranaenses participarão de missão de paz no Haiti

Ponta Grossa – O cenário é de uma guerra. Casas, escolas, igrejas e estabelecimentos comerciais destruídos. Nas ruas o que se vê são cidadãos haitianos que caminham solitários pelas ruas do país, sem rumo, a espera de notícias de familiares ou na esperança de encontrar alguém que possa doar comida ou água para seu sustento. Enquanto isso, o mundo de forma perplexa observa e chora a perda de milhares de pessoas em decorrência do terremoto de magnitude 7, na escala Richter, que atingiu o Haiti, no dia 12 de janeiro. Segundo as autoridades haitianas já são mais de 217 mil mortos, 300 mil feridos e 700 mil pessoas desabrigadas na tragédia que destruiu principalmente, a cidade de Porto Príncipe, capital do país.
Nesse momento de dificuldade para a população haitiana, nota-se a solidariedade das pessoas em todo o mundo, essencialmente, com a doação de dinheiro, alimentos e remédios para que o país possa ser reconstruído. Além disso, outro movimento importante para a reconstrução do Haiti é o trabalho realizado pela missão de paz criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2004, em que militares brasileiros e de outros 15 países, são responsáveis em manter a ordem e a segurança do país que sofre constantemente com várias guerras civis.
Com o objetivo de realizar um trabalho social de conscientização da população, o 13º Batalhão de Infantaria Blindada (BIB), da cidade de Ponta Grossa (PR), embarca no final desse mês para a capital do Haiti, com a esperança de ajudar no conforto e ajuda as famílias das vítimas do terremoto. Segundo o cabo Lucas Moro Conque, 24, o batalhão terá a missão de manter a ordem e garantir que as leis sejam respeitadas nesse momento difícil. “Vamos tentar manter a ordem no país. O batalhão dará apoio para as famílias mais pobres e também terá a missão de ajudar na reconstrução do país. Por esse motivo, será enviando um batalhão de engenharia que irá realizar escoltas pelas cidades, dando apoio e desarmando os bandidos”.
Conque diz que essa será a primeira vez que ele irá participar de uma missão de paz e que apesar da situação no país ser desesperadora sente orgulho de poder ajudar os haitianos. ”Aquelas pessoas precisam muito de nossa ajuda, seja por meio de doações ou ajuda psicológica. Só assim, a população poderá voltar a rotina normal e conseqüentemente terá condições de começar o processo de reconstrução do país”, revela.

Cristina Esteche

Jornalista

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