22/08/2023
Agronegócio

Setores público e privado querem Ferrosul no PNLT

Guarapuava – Os setores público e privado apresentaram nessa quinta-feira (11), em Florianópolis, propostas de obras estratégicas para a infra-estrutura logística dos três estados durante a reunião para discutir o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT) do Ministério dos Transportes. Participaram da reunião as Federações das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), do Rio Grande do Sul (Fiergs) e do Paraná (Fiep).
O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, que integrou a delegação paranaense, chefiada pelo secretário dos Transportes, Rogério W. Tizzot, ressaltou: ”Ficamos satisfeitos de ver que o empresariado gaúcho, por exemplo, reiterou seu apoio pedindo ao Ministério dos Transportes que coloque no PNLT os projetos da Ferrosul”.

Em relação às demandas paranaenses, ”o importante”, disse Gomes,  ”é que houve um consenso do setor público e privado de que a ligação Guarapuava-Paranaguá é fundamental para o desenvolvimento do estado”.
Segundo o secretário de Transportes, Rogério W. Tizzot, projeto mais importante do Estado do Paraná no setor de transporte é a expansão da malha da Ferroeste e a consolidação da Ferrosul. Tizzot ainda destacou a importância do PNLT, que busca inverter a matriz de transporte brasileira, que hoje tem o seu maior foco no setor rodoviário.
”Há muitos anos o Brasil não planejava transportes”, acrescentou Tizzot.¨O PNLT serve para indicar as prioridades de cada Estado para o setor. É um avanço que vai permitir investimentos de forma organizada e que priorizem as verdadeiras necessidades de cada região¨, afirmou. ”Não se trata de um programa de obras, é um planejamento de logística de transportes”, acrescentou.
Na reunião do PNLT, o presidente em exercício da Fiesc, Glauco José Côrte, representando o Fórum Industrial Sul, que reúne as federações de indústrias dos três estados, ressaltou que as federações de indústrias do Sul tem realizado esforços conjuntos, por meio do Fórum Industrial Sul para sensibilizar os parlamentares e o governo para a necessidade de garantir esses investimentos, que são pré-condição para a competitividade empresarial.
Secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, que apresentou o PNLT, afirmou que o país não estava preparado para crescer:  ”Nossos modais foram afetados drasticamente pelo ciclo de crescimento, a malha ferroviária atualmente está se deteriorando, as melhores rodovias do país, se encontram em processos de gestão privada, as hidrovias nem se quer tiveram algum avanço. Precisamos encontrar um equilíbrio na matriz de transportes do Brasil, pois hoje ela é desbalanceada”.

Perrupato explicou que uma das propostas do PNLT, é desafogar as vias de acesso do sul e sudeste do Brasil. Escoar vias e criar novas alternativas que atendam ao país como um todo”.
As reuniões para atualizar o PNLT vão subsidiar a elaboração do Plano Plurianual (PPA) do governo federal. O Brasil foi dividido pelo PNLT em vetores de desenvolvimento, em vez de regiões. Mais da metade do território paranaense está dentro do vetorial centro-sudeste, que inclui todo o Mato Grosso do Sul e São Paulo e parte de Minas Gerais e Goiás.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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