Da Redação
Cascavel – O clima continua tenso na Penitenciária Estadual de Cascavel, após quase 24 horas de rebelião. Apesar das horas de negociação nada foi definido. Um agente penitenciário e um preso continuam como reféns e foram levados para dentro da unidade por causa da chuva. Muitos presos também entraram e poucos continuam no telhado da PIC.
Durante a manhã, mais de 100 presos foram ao telhado e agrediram os reféns. Colchões e outros objetos foram queimados.
De acordo com o advogado dos agentes penitenciários, Jairo Ferreira, a rebelião teve início no momento em que um agente foi entregar o café da manhã aos detentos. O trinco da grade estava serrado, o que permitiu aos presos puxarem o agente para dentro e darem início à rebelião. Ainda segundo o advogado, apenas dez agentes estavam de plantão, no presídio que é ocupado por mais de mil presos.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou em nota que seguem as negociações, realizadas pela unidade específica da Polícia Militar, com os presos amotinados. "A situação está administrada e a direção do Depen está no local. Os dois agentes penitenciários que estão como reféns estão bem". A Sesp informa ainda que dois presos foram mortos pelos amotinados. A identificação de ambos será confirmada após encerramento do motim. A Sesp e o Depen não vão se pronunciar até o fim do motim afim de preservar a negociação.
Em depoimento no Fórum, o preso Éder Diego Dremer, disse que a chefia de segurança da PECV teria dito a ele iria facilitar para que o PCC “pegasse” presos jurados de morte pela própria facção. Ele divide a cela com outros três que também estão sob a ameaça de degola.