22/08/2023

Violência é tema de debate durante a Quaresma

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Foto: CNBB

A Campanha da Fraternidade lançada nesta Quarta Feira de Cinzas em todo o país pela Igreja Católica chama a atenção para a fraternidade e a superação da violência. O tema será debatido durante os próximos 40 dias, período da vida, morte e paixão de Jesus Cristo.

Tendo como referência o evangelho do apóstolo Mateus onde diz que “vós sois todos irmãos” (Mt23,8), a intenção católica é construir a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”.

De acordo com a Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a sociedade sofre e está estarrecida com a violência.

Não apenas com as mortes que aumentam, mas também por ela perpassar quase todos os âmbitos da nossa sociedade. A ética que norteava as relações sociais está esquecida.

Segundo o religioso, hoje, existe a corrupção, a morte e a agressividade nos gestos e nas palavras. ‘Assim, quase aumenta a crença em nossa incapacidade de vivermos como irmãos. “Por ‘violência cultural’ entendem-se as condições em razão das quais uma determinada sociedade reconhece como violência atos ou situações em que determinadas pessoas são agredidas. Criam-se processos que fazem aparecer como legítimas certas ações violentas. Elaboram-se discursos para apresentar razões e justificativas como se uma ação violenta fosse devida, uma consequência de determinadas condutas da própria pessoa que sofreu a violência.

Portanto, a violência cultural não é, necessariamente, uma causa da violência direta, mas cria as condições em meio às quais chega a tornar-se difícil, para a sociedade, reconhecer um sistema como violento. ‘Se partirmos do texto sagrado que indica o caminho das origens de todo o universo, fi camos admirados com a harmonia das relações: “E Deus viu que tudo era bom” (Gn 1,25). A origem do homem e da mulher são ainda mais admiráveis: Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança”.

Cristina Esteche

Jornalista

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