22/08/2023

Unicentro resolve impasse em disciplina de Publicidade Propaganda

Cancelamento do curso de Turismo em Irati deixou alunos fragilizados

uni

Está resolvido o impasse na disciplina de produção gráfica do curso de Publicidade Propaganda da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A disciplina vai continuar como estava, sem nenhuma interrupção, com aulas de laboratório divididas em dois grupos.

De acordo com o diretor do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, professor Adnilson José da Silva, a otimização de cursos é regimental dentro da Universidade, como instrumento de gestão dos recursos públicos. Isso significa que, por exemplo, a disciplina de criação e produção gráfica estava com aulas de laboratórios divididas em dois grupos, sendo um de oito alunos e outro com sete. A presença de um professor é fundamental por causa da qualidade pedagógica. Segundo o professor, a cada ano letivo é política administrativa da Unicentro haver a recontagem de alunos em todos os cursos. No caso da produção gráfica, haveria a possibilidade de unificar os dois grupos. Porém, após conversa com a chefia do departamento, ficou claro que a unificação seria inviável pela dependência da presença do professor no laboratório e pela falta de equipamentos. “Temos apenas um software para todos os alunos”. A partir disso, a decisão foi de que tudo continua como está.

Entretanto, nesse período de trâmites administrativos, o Centro Acadêmico de Comunicação Social, postou Nota de Repúdio no Facebook contra o possível fechamento da disciplina.  RSN procurou membros do Centro, mas não encontrou.

“Foi um mal entendido durante uma conversa entre setores administrativos, mas já está tudo resolvido”.

Porém, com a interrupção do curso de Turismo no campus de Irati, acadêmicos ficaram alterados e alguns, em contato com o RSN, falam em manifestação na segunda (19).

O vice reitor, professor Osmar Ambrosio

De acordo com o vice reitor, Osmar Ambrósio  o curso de turismo, em funcionamento desde 2001, de quatro anos para cá veio sofrendo baixa procura. “Utilizamos todas as estratégias para tornar o curso mais atrativo, mas e vasão continuou”. Segundo Osmar, após o último vestibular a turma não foi fechada. “Tivemos seis candidatos que poderiam entrar pelo Sisu, mas que não tinham o curso como primeira opção. Só ficaram cinco. Fizemos um leilão de vagas e apenas outros cinco fizeram a matrícula”. A evasão de alunos é histórica e já afeta 50% entre o primeiro e o segundo ano.

A situação piorou quando a pedido da Prefeitura de Prudentópolis o curso foi aberto nesse município e muitos alunos migraram para esse município fechando a turma.

“Abrimos a possibilidade dos alunos matriculados irem para outros cursos e isso já foi ajustado”. A evasão atinge os demais anos: segundo (12), terceiro (13) e quarto (05).

SEM CONTRATAÇÃO

A falta de contratação de professores está deixando acadêmicos sem aulas. É que o governo do Estado ainda não liberou a contratação de docentes colaboradores. De acordo com o vice reitor Osmar Ambrósio, a projeção é de 300 professores atuando em 10 mil horas. Desses, muitos tem contrato, que é anual, assinado em meados de 2017, sendo válidos, portanto, até o meio de 2018. São 6.740 horas nessas condições, mas faltam 3.260 para serem contratadas. “À medida em que os contratos vão vencendo devem ser renovados, mas precisamos da autorização do Estado. Um terço dos professores estão fora da sala de aula”.  O impacto varia conforme cada departamento. “Em alguns a necessidade é de um ou dois, já em outros, não tem nenhum”. Segundo Osmar, a área de saúde já atinge entre 70 e 80%. “Isso é preocupante, porque os estágios acontecem o ano inteiro em escolas, hospitais e outros espaços”.

Cristina Esteche

Jornalista

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