22/08/2023
Guarapuava Obituário

Morre o fotógrafo e empresário Roberto Yanagawa

Velório e sepultamento acontecerão em Cantagalo nesta quinta feira (22)

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O universo da fotografia perde um dos seus ícones em Guarapuava. Por volta das 9h da manhã desta quinta feira (22), Roberto Yanagawa deu o último suspiro na presença da sua esposa Mafalda. Ele estava internado no Hospital São Vicente, vítima de demência que começou há cerca de 10 anos, segundo a filha Saeko Yanagawa. Com o passar do tempo a sua saúde ficou complicada com a paralização do cérebro e de outros órgãos que foram perdendo suas funções. Ele morreu no dia em que estaria completando 70 anos de idade.

Yanagawa na juventude (Foto: arquivo pessoal)

O corpo de Yanagawa será velado até às 18h em Cantagalo, município onde reside a família da sua esposa.

“Minha família mora lá e o Roberto só tem uma irmã que mora em São Paulo e que esteve em Guarapuava há poucos dias. Ela não vem para o sepultamento”, disse Mafalda. O velório será na Capela Mortuária do município.

Roberto Yanagawa veio para Guarapuava em 1974, oriundo de Maringá, e começou a trabalhar com o também fotógrafo Onofre Santos. Anos depois prestou serviço ao Colorest até abrir o seu próprio negócio. Apaixonado pela fotografia, sempre buscou inovações como a melhor iluminação, técnicas diferenciadas que eram aprimoradas a cada clique das câmeras fotográficas.

Sociável, humano, pessoa correta e de caráter intocável, Roberto Yanagawa fez muitos amigos. Gostava de jogar sinuca, baralho e destacou-se no tênis de mesa.

“Meu pai era um batalhador, corajoso, autêntico, de personalidade forte, carismático. Quando queria uma coisa corria atrás e conseguia”, disse Saeko, a filha mais nova do casamento de Roberto com Mafalda. Tieko é a primogênita. Ele deixa outros dois filhos, Takeu (18) e Massashi (15), de outro relacionamento. Quatro netas e um neto também compõem o legado familiar de Roberto Yanagawa.

Mostrando os segredos da fotografia às duas filhas, que se apaixonaram pela profissão já quando crianças, o fotógrafo fez a sua transição de forma suave, como definiu Saeko.

“Sabemos que o momento é de tristeza pela perda, pela ausência, mas ficam as lembranças. Meu pai já não reconhecia as pessoas, estava muito fragilizado e agora deve estar bem melhor. Ficam as recordações dos momentos e de um homem que foi nosso exemplo de vida”, diz Saeko.

Cristina Esteche

Jornalista

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