Ainda está em curso a investigação sobre a queda da aeronave onde estava o guarapuavano e então deputado, Bernardo Ribas Carli, e os pilotos Laércio Tavares da Silva e Luiz Fernando Correia de Souza. O caso está sob responsabilidade do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V), da Força Aérea Brasileira (FAB). Os três morreram no acidente fatal que ocorreu em 22 de julho deste ano, no município de Paula Freitas, quando Bernardo seguia para agenda em União da Vitória.
Desde que o acidente ocorreu, a investigação tramita em Canoas, no Rio Grande do Sul. No dia 23, logo após o acidente, uma equipe do SERIPA foi até o local da queda para coletar informações que, hoje, embasam a investigação. O serviço regional procede a investigação por meio de uma comissão específica, que produzirá uma minuta do relatório final assim que todos os dados forem analisados.
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“Essa minuta será enviada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o CENIPA. O CENIPA revisa essa minuta e emite o Relatório Final pela internet”, explicou ao Portal RSN a capitã Camila Bolzan, chefe da assessoria de comunicação do SERIPA V.
De acordo com Camila, a investigação tramita de maneira multidisciplinar. Isso significa que a comissão de investigação conta com profissionais de diversas áreas, todos especializados em investigação de acidentes aeronáuticos, para analisar os fatores operacionais (aviador e mecânico de aeronaves); área de investigação dos fatores materiais (engenheiro aeronáutico); e sobre área de investigação dos fatores humanos (médico e psicólogo).
“Analisamos esses fatores que podem, ou não, ter contribuído para a ocorrência”.
Ainda segundo Camila, não há prazo para a conclusão da investigação devido a quantidade de variantes que são analisadas em casos como este.
“Dependemos de laudos desses profissionais. Caso houvesse prazo, estaríamos limitando o alcance da investigação”.
O SERIPA V frisa, no entanto, que o objetivo principal da investigação é gerar resultados que ajudem a prevenir acidentes aeronáuticos, por meio da emissão de Recomendações de Segurança.
Essas recomendações podem alcançar a todos da aviação, seja operadores de mesmo modelo de aeronave, operação semelhante ou até mesmo pilotos de outros segmentos. O objetivo é o bem maior de aumentar a segurança nas operações aéreas. Não apontamos causas e nem culpados. Trabalhamos com fatores contribuintes.