O ex-governador Beto Richa e os deputados Valdir Rossoni e Plauto Miró Guimarães estão com os bens bloqueados desde 11 de outubro deste ano. Richa, a empresa Valor e mais 11 envolvidos na operação Quadro Negro tiveram o bloqueio de até R$ 265 milhões de Richa, enquanto estadual Plauto e Rossoni devem ter até R$ 27 milhões bloqueados cada um.
Os citados estão denunciados em ação de improbidade administrativa movida no dia 1º de outubro pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), do Ministério Público do Paraná. O bloqueio de bens considera eventual dano material, dano moral coletivo e multa civil. Embora os bloqueios tenham ocorrido em outubro, somente nesta segunda feira (23) é que vieram à tona, segundo informações do Bem Paraná.
A operação Quadro Negro investiga desvios de dinheiro de escolas públicas no período entre 2012 e 2015, cujos aditivos foram assinados por Richa, junto com os dois deputados. A investigação apura desvios de R$ 30 milhões da construção e reforma de escolas estaduais.
De acordo com o Bem Paraná, em nota, a assessoria do ex-governador Beto Richa, afirmou que “a defesa só irá se manifestar no processo”.
A assessoria de Plauto disse que o deputado já prestou os devidos esclarecimentos sobre o assunto para o Ministério Público, e somente se manifestará sobre o fato perante o Poder Judiciário, quando for oficialmente intimado para tanto. Já o advogado Cid Campelo, que representa Valdir Rossoni, afirmou que seu cliente “não foi citado dos termos da ação e do despacho. Quando isso acontecer vai pedir a revogação pois não cometeu nenhum ato de improbidade administrativa”.