22/08/2023
Política

Para ex-reitor, MP deve decidir a devolução do dinheiro do concurso

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Da redação – O ex-reitor da Unicentro, professor de Economia e jornalista Carlos Alberto Gomes (foto) cobra uma atitude do Ministério Público de Guarapuava em relação a não devolução do dinheiro pago pelos inscritos para o concurso público da Prefeitura. O município arrecadou perto, ou mais, de R$ 1 milhão com a taxa recolhido por 16,5 mil inscrições ( os valores oscilaram entre R$ 20 e R$ 100). O concurso, porém, está suspenso pela justiça por tempo indeterminado  por suspeitas de irregularidades.

Em diversas reportagens, a Rede Sul antecipou essas irregularidades, amparando-se nas provas colhidas pelo Sindicato e também em decisões similares, em Cascavel e Toledo, que se tornaram precedentes jurídicos por incorrerem nos mesmos erros (pregão eletrônico por menor preço, quando o correto é preço e técnico juntos). Pelo que deu a entender, a Administração Carli preferiu correr o risco, apostando que o Ministério Público e o Judiciário iriam “comer barriga”.
Durante toda a fase preparatória do certame, o prefeito Fernando Ribas Carli deu declarações às rádios de sua propriedade (92 FM e Cacique, a quem só fala) exultando o fato de ser o “maior concurso da história de Guarapuava”. A nenhum dos problemas levantados ele fez consideração.
Com as inscrições do concurso público, os organizadores devem ter arrecadado por volta de R$ 1 milhão (as taxas variaram de R$ 20,00 a R$ 100,00).
A Requena, uma das duas empresas contratadas, tem como endereço um apartamento residencial no centro de Curitiba. A sala está sempre fechada e o telefone não atende. Soma-se a esse fato, de acordo com o MP, outras suspeitas como direcionamento de vagas para candidatos, inscrições irregulares, falta de transparência e de segurança, entre outras.

Com a suspensão, inscritos estão exigindo a devolução do dinheiro, mas a Prefeitura já disse que não vai devolver porque realizaráo concurso.

Para o ex-reitor da Unicentro, "não  basta alguém de forma unilateral decidir que não vai devolver o dinheiro. Cabe, ao nosso ver, ao Ministério Público, que já vem tratando do caso, analisar o direito dos candidatos.", Carlos Alberto Gomes continua: "Uma pergunta que precisa ser respondida nesse caso do concurso: Houve algum pagamento às empresas que estavam porcamente realizando o concurso? Se sim, conclui-se que os recursos para tal são originários na receita obtida com as inscrições. Será por isso que agora há resistência em devolver o que é de direito dos candidatos?" questiona.

Cristina Esteche

Jornalista

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