O deputado estadual Requião Filho desmentiu que tenha proposto a venda da sede do MDB, em Curitiba, para quitar dívidas deixadas pelo senador Roberto Requião, ex-presidente do Diretório Estadual. O débito, estimado em R$ 1,9 milhão, é oriundo de multas eleitorais, acumulado em cerca de oito anos, segundo o deputado. Blogs da capital paranaense divulgaram nota afirmando que o deputado teria esse interesse. “São notas plantadas por pessoas descontentes por eu ter sido o quarto deputado mais votado do Paraná. Essas pessoas não são do bem e querem me indispor dentro do partido”, alfineta.
De acordo com Requião Filho, em contato telefônico com o Portal RSN, a proposta para venda do casarão de três andares e de cerca de 500 metros de área útil, leva em consideração a necessidade de manutenção do prédio que é antigo e que, numa avaliação preliminar, custaria um valor até mais alto do que o prédio valendo. “O prédio é muito antigo e precisa ser reformado por inteiro”. De acordo com o deputado, outra condição que influenciou na proposta de venda feita pelo deputado, é que poucas peças são utilizadas pelo partido, enquanto as demais ficam ociosas.
Um terceiro fator determinante, segundo o deputado, é a situação financeira do partido que, com a redução do repasse do Fundo Partidário cai em 50%, passando dos atuais R$ 180 mil para R$ 90 mil.
“O problema financeiro do partido é grave não se trata apenas da mudança na legislação que proibiu o pagamento de multas eleitorais a partir de 2016”, disse o presidente do MDB no Paraná, João Arruda ao Portal RSN na tarde desta terça feira (15). É que um novo entendimento em 2016 impede que o Fundo seja utilizado para pagamento de multas eleitorais. Isso fez com que os pagamentos feitos até então sejam ressarcidos.
“Portanto, o nosso orçamento não comporta mais a estrutura existente. Sem contra que corremos o risco de perder o Fundo Partidário”, insiste João Arruda.
O presidente medebista lembra que a sede foi reformada há 15 anos com dinheiro do fundo e não dos filiados e o partido precisa de uma sede mais moderna e que seja adequada a realidade de hoje. “Temos um problema, precisamos resolver e vamos resolver. Não me interessa o culpado ou o responsável. Preciso resolver o futuro”, enfatiza o presidente. Segundo Arruda, a decisão passa pela executiva estadual do MDB.