22/08/2023


Paraná Segurança

Déficit de pessoal na Polícia Civil é de 44%, denuncia delegado

A maior demanda é por escrivães, cujo déficit chega 53%

DELEGADO

Deputado Recalcatti (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Paraná possui um déficit de 44% de pessoal nas suas principais carreiras. Em Guarapuava e outras delegacias da região, a situação não é diferente.

Ao todo, no Estado, estão previstas em lei a ocupação de 7.075 vagas por delegados, investigadores, escrivães e papiloscopistas. Mas apenas 3.962 estão ocupadas neste momento, segundo dados da própria Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP).

A informação consta de um dos seis requerimentos encaminhados ao governo estadual pelo deputado Delegado Recalcatti (PSD) pedindo a realização de concursos públicos para a reestruturação dos quadros da instituição. “A situação mais grave é a dos escrivães em que, das 1,4 mil vagas previstas, apenas 654 estão ocupadas”, afirmou. O déficit é de 53%.

Ele destacou, em ofício, que 270 municípios paranaenses “não contam com sequer um policial civil”. “Isso é grave e, para piorar, estão previstas centenas de aposentadorias para os próximos anos”, disse. “O que pedimos é um calendário de concursos públicos para os próximos quatro anos com a recomposição dos quadros da Polícia”.

Em outro requerimento, ele pede concursos públicos para terceirizados no Instituto de Identificação do Paraná (IIP) e em Delegacias de Polícia para serviços burocráticos e atendimento ao público. “Isso vai desincumbir investigadores, escrivães e papiloscopistas dessas atividades e que poderão retornar às suas funções de origem”, avaliou Recalcatti.

Outra proposta se refere à contratação de profissionais especializados para atuarem nos órgãos da Segurança Pública, como psicólogos, tecnólogos de Informação e assistentes sociais. “Os profissionais dessas áreas não precisam pertencer necessariamente às carreiras policiais, por isso, podem ser contratados diretamente pelo Governo”, explicou.

O quarto requerimento trata do novo Estatuto da Polícia Civil que está em estudo no âmbito do governo estadual desde 2010. O deputado Delegado Recalcatti solicita ao governo que envie o projeto de Lei Complementar com as propostas de mudanças nos critérios de ascensão nas carreiras policiais e em sua estrutura organizacional.

No quinto expediente, o parlamentar pede a construção de um estabelecimento prisional para a custódia de servidores das forças da segurança pública, buscando garantir a sua integridade física. E, por fim, também solicita o direito do Policial Civil aposentado de manter a posse de sua identidade funcional e do seu Distintivo.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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