A merenda escolar que alimenta mais de 19 mil estudantes das escolas estaduais em Guarapuava levam a marca da agricultura familiar do município. De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura, o fornecimento é feito nos 29 colégios da cidade e interior. Segundo o secretário Ademir Fabiane, em 2018 foram entregues 105.104 quilos de verduras, legumes e panificados.
No Paraná, a entrega de produtos também da agricultura familiar é pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) e garantem as refeições de milhares de estudantes paranaenses. As escolas já receberam na semana passada a primeira remessa de alimentos não perecíveis deste ano e de congelados.
Foram mais 75 mil quilos de congelados (empanados de peixe) e 1,6 tonelada de 23 gêneros alimentícios, incluindo achocolatado, arroz, biscoito, canjiquinha, farinha de milho, feijão, leite em pó, macarrão, óleo de soja e vinagre.
Na rede estadual de ensino, 142 cooperativas e associações de agricultores entregam para as escolas estaduais frutas, verduras, legumes, panificados, leite, suco, geleias, entre outros produtos, dependendo da região. O investimento até março soma R$ 7 milhões para assegurar 1,6 milhão de quilos em alimentos e aproximadamente 600 mil litros de leite, iogurte e sucos para as refeições dos estudantes.
A Cooperativa Agropecuária Matoriquense (Coamar), em Mato Rico, no Centro-Sul do Paraná, que conta 210 famílias de pequenos agricultores, entregará 72 mil quilos de alimentos para 248 escolas em 58 municípios. Uma grande variedade de frutas, legumes, verduras, temperos e panificados que variam de acordo com a época da produção.
O modelo de compra de produtos desenvolvido pela Fundepar assegura o preço adequado para produção e a certeza da entrega nas escolas. “Este dinheiro é um grande incentivo para o nosso trabalho. Não tem oscilação de preços, o que não compromete a receita do produtor. Todo mundo se ajuda para melhorar a alimentação dos alunos”, explicou diretor administrativo da Coamar, Edelir Ribeiro da Silva.
O investimento permite ainda o crescimento da agricultura familiar do Paraná. “Uma forma de aumentar o poder de compra das comunidades rurais e de estimular o desenvolvimento sustentável”, lembrou o diretor-presidente, José Maria Ferreira.