22/08/2023


Cotidiano Guarapuava Paraná Saúde

Idoso é 1ª vítima fatal da febre amarela no Paraná

Trabalhador da área rural de Morretes não era vacinado e morreu em Curitiba

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(Foto: Divulgação SESA)

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, no boletim epidemiológico desta quinta-feira (7), a primeira morte por febre amarela no Paraná. Trata-se de um homem de 64 anos, trabalhador da zona rural de Morretes. Ele procurou atendimento ainda no Litoral, mas foi transferido de helicóptero para Curitiba, onde morreu. Ele não era vacinado. O local de provável infecção ainda está sendo investigado.

A única forma de prevenção contra a febre amarela é a vacina, que está disponível em todas as unidades de saúde de todos os municípios do Paraná. Desde janeiro já foram aplicadas 216.339 mil doses em todo o Estado.

O secretário da Saúde, Beto Preto, lembra que o mosquito transmissor do vírus da febre amarela entrou no Paraná pela mata atlântica do Vale do Ribeira, vindo do Estado de São Paulo, que registrou este ano 38 casos, com nove mortes; no ano passado, foram 503 casos da doença, com 176 mortes no Estado vizinho. “O Paraná está enfrentando a doença com muita determinação e trabalhando com transparência”, afirma o secretário.

(Foto: Divulgação)

Com as ocorrências registradas desde o início do ano, todos os municípios do Paraná estão com indicação de vacinação, a única forma de prevenção da doença. A recomendação é que todas as pessoas entre 9 meses e 59 anos tomem a vacina.

Além dessa idade ou gestantes, lactentes e pessoas com doenças crônicas devem procurar orientação médica e apresentar receita para receber a vacina. A imunização leva 10 dias para entrar em ação, portanto é recomendado o uso de repelente, mangas e calças compridas, especialmente para quem está perto de matas, já que a febre é silvestre.

GUARAPUAVA

Em Guarapuava, desde o último dia 1 de fevereiro, o Departamento de Epidemiologia divulgou uma agenda de vacinação contra a febre amarela nas Unidades Básicas de Saúde do Município. As vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde e no Cisgap. (Veja aqui a tabela)

De acordo com a chefe de Departamento de Epidemiologia, Chayane Andrade, uma das orientações é que a população verifique o dia e a unidade na qual a vacina estará disponível. “Não se trata se vacinação em massa. Se você já tomou a vacina de febre amarela alguma vez na vida, e tem o comprovante não precisa se vacinar novamente”.

As salas de vacina nas Unidades Básicas de Saúde funcionam das 8h às 12h e das 13h às 17h. Quem for tomar a vacina deve apresentar a carteira de vacinação e, caso não tenha, é necessário apresentar um documento pessoal para identificação.

CASOS

Até o momento, a partir de janeiro, foram confirmados oito casos da doença no Paraná (incluindo a morte). Ainda estão em investigação 62 notificações; e já foram descartados 129 casos. Os confirmados residem em Curitiba, Antonina, Morretes, Campina Grande do Sul e Adrianópolis. A maior parte foi contraída em Guaraqueçaba.

(Foto: Arquivo/ANPr)

A morte de macacos, um importante sinal da circulação do vírus da febre amarela, está confirmada em dois municípios – Morretes e Antonina, que registrou o primeiro alerta da presença do vírus ainda em meados de janeiro. Em 12 municípios há mortes de macacos sob investigação, mas em outros 15 não foi possível coletar amostras para enviar ao laboratório, portanto não se pode descartar a presença do vírus.

SINTOMAS

Os sintomas iniciais da doença são febre alta de início súbito, associada a dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no corpo e dor abdominal. Como esses sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, gripe ou dengue, é importante procurar atendimento médico aos primeiros sintomas para receber os cuidados necessários.

 

Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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