22/08/2023
Guarapuava Segurança

Morte de mais um preso em duas semanas desafia a polícia em Guarapuava

Samuel da Cruz Wass, de 23 anos estava preso por porte ilegal de arma desde o dia 20 de março

cadeia

(Foto: Arquivo RSN)

A morte do preso Samuel da Cruz Wass, 23 anos, na cadeia pública de Guarapuava nesse domingo (24), é mais um desafio para a polícia. Preso por porte ilegal de arma de fogo no último dia 20 de março, Samuel foi encontrado pendurado numa das celas na manhã desse domingo. Ele estava na cadeia há apenas quatro dias.

O que chama a atenção porém, é que este é o segundo enforcamento na carceragem da cadeia, que compartilha a estrutura física da 14ª Subdivisão Policial (SDP), em menos de 15 dias. No último dia 7, Crisley Junior Vaz de 23 anos também foi encontrado enforcado numa das celas. Além desse fato, outra coincidência liga esses dois casos, que é o tempo mínimo das prisões. Crisley estava preso há apenas dois dias por corrupção de menor e furto de veículo, enquanto Samuel estava lá há quatro dias.

De acordo com o delegado chefe da 14ª SDP, Rubens Miranda Júnior, que investiga o caso envolvendo Crisley, ainda não há nenhuma explicação para a morte. Porém, o Instituto Médico Legal (IML) pediu laudos complementares. A investigação da morte de Samuel está com o delegado Juraci Lopes de Souza, titular de Manoel Ribas. O Portal RSN mas não conseguiu falar com o delegado nesta segunda.

Além desses dois presos encontrados mortos em celas da cadeia, outros três casos estão sem respostas. No dia 9 de maio do ano passado, Cleverson Pielak dos Santos, também foi encontrado morto. Ele era natural de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

No dia 28 de janeiro de 2016 os primos Felipe Augusto Silva Andrade, de 18 anos e Nattanael Andrade dos Santos, de 19 anos, foram encontrados mortos na cela que dividiam com outros presos.

O delegado adjunto Alysson de Souza disse em entrevista na época, que existiam duas suspeitas: uma delas sugeria esganadura e a outra, que os dois detentos teriam sofrido uma overdose por uso de cocaína. O resultado do laudo toxicológico ainda não foi divulgado.

No Departamento Penitenciário, órgão responsável pelas carceragens no Paraná, as informações repassadas são mínimas. Nesta segunda (25), por exemplo, não foi possível saber quantos presos encontram-se na cadeia, cujo cotidiano é a superlotação, tentativas e fugas.

Cristina Esteche

Jornalista

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