O “tucanato” do Paraná vai às urnas em convenções marcadas para o período entre 3 e 6 de maio. As eleições vão escolher as novas executivas dos diretórios estadual (6 de maio) e municipais.
Com o desafio de “oxigenar” o PSDB, partido que tinha como líder maior o ex-governador Beto Richa, hoje licenciado da presidência, e envolvido em escândalos que vão desde denúncias aceitas por desvio de dinheiro público, até prisões, o único nome que se coloca para a sucessão é o deputado estadual Paulo Litro.
Deputado de segundo mandato, 27 anos, esse parlamentar significa o sangue novo, a renovação e a substituição de nomes, como o do próprio Richa, do presidente da Assembleia Ademar Traiano e do ex-deputado Valdir Rossoni.
Em contato com o Portal RSN, Paulo Litro disse que o seu nome é consensual no ninho tucano. “Fizemos reuniões e o PSDB sempre tem o consenso na escolha de nomes”.
Com fraco desempenho nas urnas nas eleições do ano passado, com redução do quadro político nacional e estadual, Litro, entretanto, aposta no fortalecimento do PSDB.
Tivemos redução no número de deputados federais caindo de 50 para 30, o que representa cerca de 20% a menos no repasse do Fundo Partidário e no tempo de televisão e de rádio na campanha eleitoral, mas temos bons quadros estadual e nacional e queremos atrair novos nomes para as eleições do ano que vem.
Segundo Paulo Litro, que se eleito será o presidente de partido mais novo do país, ele está sendo procurado por muitas lideranças de Guarapuava em busca de filiações. “Alguns querem ser candidatos a vereador outros a prefeito e vamos incentivar candidaturas majoritárias nos grandes municípios. Onde não der vamos apostar na chapa de vereadores”.
Ele lamentou a morte do ex-deputado Bernardo Carli, de Guarapuava. “O Bernardo faz muita falta. Tinha tudo para ter uma explosão de votos na reeleição e ser o prefeito de Guarapuava”.
Já falando como o novo presidente do PSDB no Paraná, o deputado trata a questão de Beto Richa com cautela.
Ele é quem vai decidir se continuará ou se deixará o partido. Ele ainda nem foi julgado pela Justiça e as acusações são pessoais dele, e não questões partidárias. Ele tem amplo direito de defesa e do contraditório e o nosso papel não é de julgar.
De acordo com o parlamentar, o PSDB só se posicionará após do caso julgado, mas diz que uma coisa é certa: “ele [Beto Richa] não fará parte do diretório, mas continua como filiado”.
No cenário nacional, se referindo ao Governo de Jair Bolsonaro, Paulo Litro disse que o PSDB vai apoiar as principais causas como a reforma previdenciária, “com emendas nos pontos essenciais”, reforma tributária e outros projetos que, segundo o deputado, façam bem para o País e para a população.
“O Brasil precisa vencer a inflação e de um novo pacto federativo para voltar a crescer”.